terça-feira, 31 de julho de 2018

I MOSTRA DE CULTURA E ARTE DO CAIC HOMENAGEIA LUIZ GONZAGA






O nosso Luiz Gonzaga
O famoso Gonzagão
Que tanto alegrou seu povo
Da cidade e do sertão
Ao longo de sua carreira
Fez da música brasileira
A sua eterna canção

Segundo, de nove filhos
De uma linda união
De Januário e Santana
Nascia o Rei do Baião
Dezembro era o mês
Que a natureza o fez
Em Exu, lá no sertão

Nasceu em 1912
Na Fazenda Caiçara
Na sua terra natal
Por muito tempo ficara
Ele e seus oito irmãos
Foram fruto da união
De um amor que não separa

Entre a sanfona e a enxada
Gonzaga se dividia
Acompanhava seu pai
Vendo o que ele fazia
Logo aprendeu a tocar
Não conseguiu mais parar
Era tudo que queria

Ainda muito menino
Começou a sanfonar
A sua mãe reclamava
Queria sua vida mudar
Só que não adiantava
Cada vez melhor ficava
Luiz nasceu pra cantar

Por um amor proibido 
Luiz Gonzaga apanhou
Revoltado com os pais
Pé na estrada botou
E sem muito bem pensar
A vida resolveu mudar
No Exército se alistou

Com pouco tempo depois
Do Exército se afastou
E como soldado bravo
Ricos e pobres conquistou
Mostrando a toda nação
Como se canta o baião
A sua origem voltou

E aí veio o sucesso
O apogeu do baião
E na década de 40
Começou sua ascensão
Quando Asa Branca ele criou
O mundo o consolidou
O artista da nação

O hino narra a trajetória
Do imigrante nordestino
Conta a história do povo
Homem, mulher e menino
Povo carente e sofredor
Que defende com fervor
O nosso feliz destino

Nasce então o poeta
Da cultura popular
O Brasil de norte a sul
Fez sua estrela brilhar
Cantando xote e baião
Nosso lindo Gonzagão
Fez a sanfona falar

Ensinou dançar baião
Na sala de reboco dançou
Dançou o pagode russo
Sonhando que tava em Moscou
Pegou aquela menina
Da cinturinha bem fina
E no xote embalou

O grande rei do baião
Aos nordestinos encantou
Nas suas composições
Nossas riquezas mostrou
A cultura popular
Nunca deixou de exaltar
Temas que sempre marcou

Na geografia nordestina 
Cidades homenageava
Cantou personagens típicas
Por onde ele passava
Viajantes, violeiros
Boiadeiros, cangaceiros
Em suas músicas lembrava

Gonzaga cantou a chuva
A aridez do agreste
Cantou a triste partida
Cantou o cabra da peste
O que mais ele cantou
Que muito nos alegrou
Foi o povo do nordeste

Cantou as terras do sul
Cantou o verde das matas
As asperezas da caatinga
Cantou a seca ingrata
O coqueiro, o imbuzeiro
Os rios o Juazeiro
E a alegria que retrata

Cantou o jumento, o boi
O cavalo, o sabiá
O assum-preto, o acauã
Ele não deixou de cantar
Sapo, calango, jacaré
Ele cantava com fé
A fauna de nosso lugar

Cantou com desenvoltura
Toada, xaxado e xote
Aboio, chamego e baião
No nordeste, sul e norte
A sua sanfona querida
Só deixou de ser ouvida
Por causa de sua morte

No ano de 89
O Brasil entristeceu 
Quando o fole da sanfona
Do Gonzaga emudeceu
Foi numa manhã de agosto
Que para o nosso desgosto
O Rei do Baião morreu


Lúcia Martins de Moura





DIA DO BASTA: EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO PETRÓLEO PARA A EDUCAÇÃO



Em 10 de agosto, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e os sindicatos filiados participam das ações do Dia do Basta, promovido pelo Fórum das Centrais. A data marca as mobilizações em defesa da democracia e dos direitos do povo brasileiro, ameaçados pelo desgoverno do país.
A Confederação se mobiliza com a intenção de dar um basta à privatização da Petrobras, que compromete a soberania do Brasil no setor energético e os recursos para a viabilidade do Plano Nacional de Educação (PNE); ao desmonte das políticas educacionais e à perseguição ao ex-presidente Lula, dentre outros retrocessos do cenário político.
Outras lutas e reivindicações fazem parte da agenda da classe trabalhadora nesse dia, dentre elas estão criar políticas, programas e ações imediatas para enfrentar a falta de emprego e o subemprego crescentes, revogar a Emenda Constitucional 95/2016, que congela os investimentos públicos por 20 anos, renovar a política de valorização do salário mínimo, revogar pontos negativos da Reforma Trabalhista e da Terceirização, que precarizam os contratos e condições de trabalho e assegurar o direito e o acesso ao Sistema Público de Seguridade e Previdência Social.