quinta-feira, 29 de setembro de 2016

MARCELO MANDUCA PARTICIPARÁ DA MOBILIZAÇÃO PROMOVIDA PELO SINDICATO DURANTE A PARADA DO DIA 05/10


O SINTE convoca professores (as) e funcionários (as) da educação pública de São José de Mipibu a participar da programação especialmente criada por este núcleo para o Dia Nacional de Paralisação Contra o Desmonte das Políticas Públicas, a se realizar na próxima quarta-feira, 05 de outubro, em todo território nacional.

Nesse dia, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entidade que representa mais de dois milhões de trabalhadores em educação, as centrais sindicais CUT e CTB e o SINTE/RN solicitam que todos os seus filiados paralisem suas atividades laborais para discutir as ações anti-democráticas que o governo Temer pretende efetivar sem ouvir o maior de todos os interessados: o cidadão trabalhador.


Em São José, o núcleo sindical elaborou uma programação especial que contará com a participação do sindicalista Marcelo Manduca, ex-professor da rede municipal de ensina e atual dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado do Rio Grande do Norte. 

Marcelo apresentará a categoria, a partir das 9:00 da manhã, nas dependências da Escola Municipal, todo o arsenal de medidas truculentas e arbitrárias que o governo Temer pretende aprovar contra a classe trabalhadora já nos próximos meses.

Nós, que fazemos o SINTE, esperamos contar nessa atividade com a participação do maior número possível de trabalhadores em educação. Sabemos que as dúvidas quanto ao futuro são muitas e a necessidade de tornar público o teor discriminatório e anti-popular da agenda política do governo peemedebista nos encorajou a realizar esse evento em âmbito local.

Essa misto de assembleia e palestra tem por objetivo conscientizar a categoria para a luta que travaremos contra as forças reacionárias já nos primeiros dias de 2017.

 Muitos são os ataques que estão prestes a nos atingir. A maior conquista que tivemos em décadas de luta - a Lei do Piso Nacional do Magistério - pode ser aniquilada dentro de poucos meses. 

O retrocesso não para por aí: sabe-se que o atual governo e os setores corporativos que o apoiam desejam flexibilizar a CLT, extinguindo direitos e conquistas históricas da classe trabalhadora.

Lutamos contra a pauta neoliberal que pretende aniquilar os nossos planos de carreira (PLP 257), ativar a malfadada PEC 241, que, caso  aprovada, possibilitará o congelamento dos nossos vencimentos por tempo indeterminado, e também contra a efetivação da polêmica Medida Provisória 746, que desmonta o ensino médio, assim como a  reforma da previdência que extingue direitos da mulher trabalhadora e aumenta o período de contribuição e a idade mínima para se aposentar.

Se você acha que já leu tudo, engana-se. O pacote de maldades é maior do que se possa imaginar:

Há ainda o PL 4567 que desvincula a aplicação dos royalties do petróleo da educação, a famigerada Lei da Mordaça (Escola Sem Partido) e ultrajante jornada de trabalho de 48 Horas semanais e - para finalmente encerrar -  a jornada diária de Trabalho de 12 horas.



Dia de parada não pode ser confundido com dia de folga. Dia de parada é praticamente um dia cívico. Paralisar as atividades laborais e não participar dos atos e mobilizações é, na minha humilde opinião, uma evidente demonstração de alienação política.

Não podemos nos deixar levar pelo papo furado da mídia, porque, o pior não passou, na realidade - caso não nos mobilizemos -  ele ainda estará prestes a acontecer. 

Os trabalhadores brasileiros somente conseguirão barrar o pacote de medidas (ou maldades?) do sr. Michel Temer através da luta e da mobilização.  O esvaziamento das ruas significa para o governo e seus apoiadores/ financiadores o sinal verde para que possam agir em nosso detrimento.


Que Deus Nos Proteja Nessa Luta em Prol da Manutenção dos Nossos Direitos Trabalhistas !!!



TEXTO: LAELIO COSTA
Diretor de Comunicação do SINTE em São José de Mipibu
SINTE MIPIBU

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

DESFILE CÍVICO DA ESCOLA CÔNEGO PEDRO PAULINO ANIMA TARDE DE AMANHÃ NO MENDES


A Escola Municipal Cônego Pedro Paulino convida alunos, pais, funcionários e a comunidade em geral para prestigiar o Desfile Cívico que será realizado a partir das 15:00 horas de amanhã (quinta-feira, dia 29/09), no Mendes, zona rural de São José de Mipibu.

O desfile é a culminância do projeto "Brincando e Aprendendo a Construir Conhecimentos na Escola de Campo".
O tema a ser apresentado pela escola surgiu a partir de um projeto desenvolvido pela professora Carmen Lúcia tendo como ponto de partida proposta surgida durante o curso "Escola no Campo".

Essa ideia foi abraçada pelos demais profissionais da escola, transformando  o que inicialmente era uma proposta individual em uma celebração coletiva.
Baseando-se no projeto, o desfile abordará os brinquedos e as brincadeiras antigas proporcionando as crianças daquela comunidade a oportunidade de brincar - e ao mesmo tempo aprender - além dos muros da escola.

O fato da Escola Cônego Paulino possuir um espaço físico demasiadamente pequeno, motivou sua comunidade escolar a expor durante o desfile "a escola que temos" e a "escola que desejamos", numa alusão ao anseio - já antigo -  da comunidade do Mendes de ver a escola da localidade dotada com uma estrutura física adequada.

O desfile da Escola Municipal Cônego Pedro Paulino será animado pelas bandas marciais das escolas Felipe Tavares (Taborda) e Clóris Trigueiro 
(Pau Brasil).  

Durante o desfile, dois pelotões prometem angariar atenções e palmas do público espectador:  um primeiro, representando as profissões do Campo e outro, que fará alusão as Olimpíadas do Rio, grande momento do esporte em 2016.
A concentração do desfile ocorrerá no Bar do Luiz. De lá, alunos, professores e funcionários seguem pela avenida principal da comunidade até finalmente atingir o final do percurso, já na Pracinha do Mendes.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

CERU CONVIDA COMUNIDADE ESCOLAR MIPIBUENSE A PARTICIPAR DA SOLENIDADE DE INAUGURAÇÃO DAS OBRAS DE REFORMA E AMPLIAÇÃO DE SUA ESTRUTURA FÍSICA.

 CONVITE


A equipe gestora do Centro de Educação Rural Professora Maria José de Melo  - popularmente conhecido como CERU de Laranjeiras do Abdias - tem a honra de convidar alunos, pais, professores, funcionários e o público em geral a participarem às 16:00 horas de hoje (27) da solenidade de inauguração das obras de reforma e ampliação da estrutura física da  escola.


Gilberto Felipe
DIRETOR 


Graça Araújo 
VICE-DIRETORA


Adailda Souza
COORDENADORA ADMINISTRATIVA


                                                                                                                                                                          

APÓS ATRASOS E PARALISAÇÕES, AMPLIAÇÃO DO CERU SERÁ ENTREGUE AMANHÃ (27).


DENUNCIA REALIZADA PELO SINDICATO EM JUNHO COLABOROU PARA QUE A PREFEITURA AGILIZASSE A REFORMA E AMPLIAÇÃO DA ESCOLA CERU, EM LARANJEIRAS DO ABDIAS.


Há exatos três meses, o blog SINTE MIPIBU visitou a Escola CERU em Laranjeiras do Abdias e constatou a suspensão das obras de reforma e ampliação daquela unidade de ensino.

A construção, iniciada no final do ano passado, estava praticamente paralisada, fato esse, que deixava a comunidade escolar do CERU entristecida com a morosidade da reforma realizada pelo município.

Estágio da Obra: Junho/2016

O impacto gerado pela veiculação da matéria no blog colaborou decisivamente para que a prefeitura retomasse a obra, adotando um ritmo mais célere de trabalho.

Estágio da Obra: Setembro/2016

Na última sexta-feira, alegramo-nos  ao recebermos fotos do atual estágio das obras já em fase final de acabamento. 

A INAUGURAÇÃO

Amanhã (27), estarão sendo entregues a comunidade de Laranjeiras do Abdias sete modernas salas de aula. Desse total,  cinco são salas novas e as duas restantes são espaços já existentes que passaram por reforma. Todas elas, serão entregues equipadas com aparelhos de ar-condicionado e janelas de vidro.

A obra de reforma e ampliação da escola CERU permitirá que a comunidade escolar de Laranjeiras do Abdias disponha de uma infra-estrutura adequada que certamente tra o conforto necessário ao desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos daquela instituição de ensino.

sábado, 24 de setembro de 2016

CNTE REPUDIA MEDIDA PROVISÓRIA QUE ENGESSA ENSINO MÉDIO



Em 22 de setembro de 2016, em ato solene no Palácio do Planalto, o presidente golpista Michel Temer e o ministro da Educação Mendonça Filho apresentaram o conteúdo da Medida Provisória nº 746, de 22/09/16, que visa reformular o formato e o conteúdo pedagógico da etapa escolar do ensino médio.

Primeiramente, é preciso destacar o expediente antidemocrático usado pelo governo golpista para tratar de um tema de tamanha relevância social. 

A medida provisória, que tem força de lei na data de sua publicação e prazo de até 120 dias para aprovação no Congresso, não se encaixa nas condições legais, jurídicas ou morais para esse tema de imensa importância para a vida de milhões de pessoas das atuais e futuras gerações. 

Na verdade, ela apenas escancara o desejo do atual governo em limitar o acesso da população e das entidades educacionais sobre as decisões em torno da reforma do ensino médio, e a CNTE tomará providências jurídicas para suspender seus efeitos no Supremo Tribunal Federal, o mais brevemente possível.
 

Sobre o conteúdo, a reforma do MEC tem um objetivo central – reduzir a aprendizagem dos estudantes aos ditames do mercado e fomentar a privatização das escolas e a terceirização de seus profissionais.

Com relação ao currículo, a reforma empobrece o ensino médio retirando (ou não) as disciplinas de artes, educação física, sociologia e filosofia, conforme se anunciou na solenidade governamental e que depois foi retratada não se sabe exatamente porquê. Propõe-se novamente a dicotomia entre formação geral humanística e a profissional, mas vai além, ao propor também a dicotomia entre a base comum nacional e as áreas de ênfases do conhecimento: linguagem, matemática, ciências humanas e naturais e ensino técnico profissional.

Neste sentido, a MP rompe com as diretrizes curriculares nacionais do ensino médio e da educação técnica profissional, que defendem a integração dos currículos escolares, sem distinção de blocos de modo a privilegiar a “interdisciplinaridade ou outras formas de interação e articulação entre diferentes campos de saberes específicos”. 

O parágrafo 2º do art. 8º da Resolução CNE/CEB 2/2012 é taxativo ao dizer que “a organização por áreas de conhecimento não dilui nem exclui componentes curriculares com especificidades e saberes próprios construídos e sistematizados, mas implica no fortalecimento das relações entre eles e a sua contextualização para apreensão e intervenção na realidade, requerendo planejamento e execução conjugados e cooperativos dos seus professores”.

Contudo, a petulância dos arautos do déspota golpista foi além. Tratou de revogar tacitamente as mencionadas resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE), repassando ao MEC, por meio do § 2º do art. 36 (versão da MP), o poder supremo para emanar as diretrizes que devem pautar a construção dos “projetos de vida” dos estudantes e sua “formação sob os aspectos cognitivo e socioemocionais” – veja a carga individualista e limitadora que se pretende lançar sobre os currículos do ensino médio!

Ainda sobre o currículo, e não obstante o problema da dicotomia imposta na MP, é de se imaginar como os sistemas estaduais – que visitam constantemente o MEC com “pires na mão” – conseguirão implementar as áreas de conhecimento específico com a qualidade pretendida pelos estudantes, pais, trabalhadores em educação e sociedade em geral. Talvez por isso a MP tenha sido generosa (ou astuta!) em autorizar aos sistemas de ensino a implementação de uma, e só se possível mais de uma área com ênfase em conhecimentos específicos. 

Muitos estudantes certamente ficarão sem cursar suas áreas de preferência na escola pública, pois os sistemas de ensino não serão obrigados a oferecerem as cinco áreas de aprofundamento. E como ficarão os jovens nesta situação?

Outra intenção da reforma é reduzir o conhecimento obrigatório dos estudantes do ensino médio público à língua portuguesa e à matemática – únicas disciplinas a serem ministradas obrigatoriamente nos três anos do ensino médio –, a fim de melhorar as notas nos testes estandardizados (nacionais e internacionais) e de quebra fomentar a formação de mão de obra barata e despolitização dos sujeitos (mesmo objetivo da reforma educacional de 1990, porém à época o foco era o ensino fundamental).

Não por acaso, a pretensa reforma do ensino médio se mostra estreitamente alinhada com outras iniciativas retrógradas do governo golpista, a exemplo da Lei da Mordaça, da PEC 241, que limitará as despesas da União em áreas sociais – inclusive na educação –, da privatização das escolas e da terceirização dos profissionais da educação por meio de OSs (e a MP prevê contratar professores por notório saber, sem concurso público), da reforma da previdência e da flexibilização e redução de direitos trabalhistas, comprometendo, portanto, não só os estudantes, mas também os trabalhadores em educação. 

Ela se insere num projeto político pensado pelas elites para consolidar o poder que perderam por mais de uma década e que não podem correr o risco de perdê-lo novamente.

Com relação a expansão da carga horária, a reforma prevê instituir política (mas na verdade é programa) de repasse de recursos da União diretamente às escolas que implementarem o currículo mínimo e o ensino de tempo integral. Mas nesse ponto há um blefe, pois não existe garantias de que os recursos seguirão de fato para as escolas, tampouco em que quantidade. O § 2º do art. 6º da MP é claro: “A transferência de recursos será realizada anualmente, a partir de valor único por aluno, respeitada a disponibilidade orçamentária para atendimento, a ser definida por ato do Ministro de Estado da Educação.” (grifo nosso)

Extraoficialmente, foi divulgado que até 2018 serão repassados R$ 1,5 bilhão na forma de estímulo aos estados, o que representa menos de 10% da complementação da União ao Fundeb neste ano de 2016 – ou seja, muito pouco dinheiro! Com essa quantia pretende-se atender até 500 mil estudantes em tempo integral, sendo que o investimento per capita por aluno será de R$ 3.000,00, abaixo do praticado em 2016 no Fundeb (R$ 3.561,74).

A privatização e a terceirização das escolas se mostram claras na MP. Primeiro, cria-se mais um segmento profissional (sem necessidade de habilitação) dentro da categoria dos trabalhadores em educação (art. 61 da LDB). Para a contratação desses profissionais bastaria a comprovação de “notório saber”. Depois admite-se o repasse de parte da ajuda federal aos estados para pagamento de bolsas de estudo na rede privada. E por último, ao limitar a “ajuda” da União aos estados em no máximo 4 anos – depois disso os entes estaduais terão que arcar com as despesas integrais das “novas escolas” –, abre-se caminho para as parcerias público-privadas sobretudo pela via já pavimentada das Organizações Sociais.

A MP não se refere ao ensino noturno ou a regulamentação do CAQi e CAQ, como forma de equalizar as condições de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes do ensino médio. Também não aborda outras questões indispensáveis à qualidade, a exemplo da limitação do número de estudantes por sala de aula, do acesso prioritário dos jovens de baixa renda no ensino de tempo integral, da formação e valorização dos profissionais da educação, dentre outras.

A CNTE espera suspender nos próximos dias a eficácia da Medida Provisória, possibilitando a abertura de um debate amplo e democrático com a sociedade a respeito do tema.


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ESPECIALISTAS REPROVAM MUDANÇAS NO ENSINO MÉDIO

Especialistas ouvidos pelo site G1 dizem que as mudanças anunciadas pelo governo federal são 'precoces' e insuficientes para melhorar o ensino médio.

 

A medida provisória que muda a estrutura do ensino médio, anunciada pelo governo Temer na tarde desta quinta-feira (22), deveria ter sido discutida abertamente com a sociedade, afirmaram especialistas ouvidos pelo G1. A medida provisória entra em vigor assim que é assinada pela Presidência da República, mas o Congresso Nacional tem 120 dias para fazer a análise do texto, propor mudanças e aprová-lo.


 

Entre as mudanças anunciadas estão o aumento do tempo de permanência dos estudantes na escola e a grade de disciplinas obrigatórias, que será reduzida para promover a "flexibilização" do currículo. Diretores, coordenadores e especialistas que conversaram com o G1 consideraram as modificações precipitadas. “Não é algo a ser resolvido com uma caneta”, afirmou Débora Cristina Jeffrey, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp.

 

Veja abaixo as considerações feitas por especialistas sobre o assunto:


Cesar Callegari, conselheiro nacional de Educação
"Ainda preciso analisar com cuidado. Mas o parágrafo quarto do artigo 36 não deixa margem para dúvidas: confunde Base Nacional Curricular com os currículos, o que é um equívoco e, por lei, reduz os direitos de aprendizagem de um estudante brasileiro para o equivalente a 1.200 horas, ou seja, a metade ou até muito menos, no caso do ensino médio integral, que de 2.400 horas irá para 4.200. No meu modo de entender, consideradas a falta de condições ou a falta de compromisso existente em muitos lugares do Brasil, será uma educação amesquinhada, um ensino pobre para pobres."

Débora Cristina Jeffrey, coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp
“Eu particularmente não concordo, ainda mais da forma como está sendo realizada, via medida provisória, desconsiderando a discussão que foi feita. É um caráter emergencial e irrevogável que vai ter consequência direta. Não compreendo. A partir do momento em que a lei vá ser aprovada por medida provisória, para depois ir para o Congresso, tem ingerência grande em todo o processo de discussão das últimas décadas no Brasil. Fizemos conferências, debates em torno do Plano Nacional de Educação, que acabou de ser promulgado, diretrizes para a formação de professores da educação básica, discussão da base curricular, que também não foi finalizada. Não é uma medida provisória que vai resolver. Existe um primeiro diagnóstico que aponta evasão e desinteresse dos estudantes, a própria pesquisa da geração ‘nem nem’ mostra isso. Não concordo. Ela pode trazer problemas muito sérios, em vez de melhorar, pode piorar. Você tem professores de química, física, como que isso vai resolvido? Como fica a relação com o governo federal? Ouviram secretários estaduais de educação, eles compreenderam como isso vai acontecer? Fere os princípios da LDB e da Constituição. Não é algo a ser resolvido com uma caneta. O processo de contratação dos docentes... Questões estruturais, políticas e de legislação que não têm sido consideradas. Estão criando outro problema. Não é com a caneta que isso se resolve. O que vai fazer com o tempo integral? É só um tempo para não ficar na rua? Há essas questões de fundo.”

Eduardo Deschamps, presidente do Conselho Nacional de Dirigentes Estaduais de Educação (Consed)
"O Consed, desde 2012, vem apresentando propostas em parceria com técnicos, professores, estudantes, representantes da sociedade. Ao longo desse período, apresentou pelo menos três propostas incorporando alterações de currículo, flexibilização e tempo integral. Agora, o MEC acatou a maioria das nossas demandas. Não temos mais como adiar a reforma do ensino médio, é urgente, é prioritária. Quem sofre com a demora em implantar essa reforma são milhões de jovens brasileiros que não encontram sentido no ensino médio. A sociedade sofre, porque o Brasil precisa, em todas as áreas, de cérebros sintonizados com o século 21."

Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação
"Não vai resolver o problema do ensino médio. Há ideias boas, como a flexibilização, mas sem qualquer mudança em questões estruturais, como: uma nova prática pedagógica, uma escola com infraestrutura adequada, a redução do número de alunos por turma, a valorização dos profissionais da educação. Se não gerasse um impacto enorme na reorganização das redes públicas, seria uma reforma cosmética, baseada em um boa ideia – a flexibilização –, mas sem sustentação, pois não envolveu professores e, principalmente, estudantes que ocuparam escolas. Então, é um castelo de areia com dois problemas: Primeiro, abre espaço para malfeitos com recursos do FNDE – que perde mecanismos de controle. Segundo, tornar integral o ensino médio, com mudanças apenas no percurso do estudante tende a ser contraproducente. Além disso tudo, o Art. 36º, parágrafo nono, abre espaço demasiado para parcerias público-privadas."

Antônio Augusto Gomes Batista, coordenador de desenvolvimento de pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec)
“O Cenpec, que tem como premissa a defesa da educação pública, gratuita e de qualidade para todos, vê com preocupação a proposta de reformulação do ensino médio apresentada pelo governo federal, que pode acirrar ainda mais as desigualdades escolares, mesmo que o Cenpec seja a favor de uma flexibilização curricular nessa etapa da educação básica. A primeira crítica a ser feita é sobre a forma como a proposta é apresentada, por meio de MP (Medida Provisória). Uma condição importante para o sucesso da implementação de políticas é a participação da comunidade de educadores e da sociedade em geral, sua mobilização e a construção de consensos possíveis. Além disso, não há nenhuma indicação de que haverá ações específicas para sanar os déficits de aprendizagem dos estudantes que ingressam hoje no ensino médio, de forma a prepará-los para escolher de forma qualificada as suas possibilidades de itinerários formativos e de projeto de futuro. É preciso lembrar que as escolhas dos jovens são feitas conforme a sua condição social, ou seja, de acordo com as oportunidades que tiveram ao longo da sua vida. Outro ponto de atenção é que a oferta reduzida de educação integral em regiões vulneráveis pode ampliar as desigualdades. Embora seja positivo priorizar esses territórios na implementação das políticas públicas, o número de escolas que irá oferecer o novo modelo de ensino será muito reduzido, o que pode levar as populações vulneráveis, sobretudo os estudantes que precisam trabalhar, a evitarem esses estabelecimentos e a buscarem outras unidades vizinhas de tempo regular. Estudos do Cenpec e a também recente auditoria do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo têm demonstrado que a oferta reduzida de educação em tempo integral tende a ter um efeito negativo nas escolas vizinhas de tempo regular, como, por exemplo, a superlotação. Além disso, o sucesso da nova proposta está diretamente condicionado pelas possibilidades que as redes têm de oferecerem diferentes itinerários formativos nos territórios, sobretudo em municípios de pequeno porte econômico, com infraestrutura escolar precária, menor capital humano ou com menos possibilidades de parcerias com setores da indústria, comércio ou terceiro setor. A proposta não cita o ensino médio noturno e, segundo dados do Censo Escolar de 2015, do Inep, 1,9 milhão (23,6%) de alunos estuda no período noturno. E a nova proposta não avança na ampliação dos investimentos, pois o valor apresentado é menor do que era repassado pelo ProEMI (Programa Ensino Médio Inovador), desenvolvido desde 2009. A Resolução Nº 31, de 22 de julho de 2013, que dispõe sobre o repasse de recursos do PDDE Ensino Médio Inovador, já previa o investimento complementar de R$ 2,8 mil por aluno/ano para escolas com jornada escolar de sete horas. A proposta atual é de R$ 2 mil/ano. O Cenpec não é contrário à flexibilização do currículo ou à maior diversificação da oferta do ensino médio; contudo, é preciso atenção à forma como a política será implementada de fato, para que não resulte na ampliação das desigualdades de oportunidades educacionais.”

Sônia Magalhães, diretora-geral do Colégio São Luís, em São Paulo
“A reorganização do ensino médio proposta na medida provisória me parece precoce. Mais eficaz seria aguardar a finalização do trabalho de construção da Base Nacional Curricular Comum e, após essa definição, discutir sobre a estrutura mais adequada para o desenvolvimento do currículo, não apenas no ensino médio, mas em toda a educação básica. Essa me parece uma incoerência de fundo. Além disso, penso que já temos suficiente flexibilidade na atual Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional, assim como a indicação do trabalho por áreas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. O que tem nos faltado é capacidade de implementação do que está proposto nestes dois documentos, inclusive no que toca à formação universitária dos professores. Com o dito e divulgado até agora, não consigo ver o que pode haver de qualitativamente importante nesta medida provisória.”

Esther Carvalho, diretora-geral do Colégio Rio Branco, em São Paulo
"Há tempos sentimos que o ensino médio necessita de outros propósitos. David Perkins, professor da Universidade Harvard, ao discutir o conceito de currículo necessário para o mundo contemporâneo, traz o termo 'gap de relevância' com relação a esse segmento. Por outro lado, fica bastante claro que o que define o currículo do ensino médio no Brasil é o processo seletivo ao ensino superior. No Estado de São Paulo, por exemplo, um vestibular que tem muito impacto no desenho do ensino médio é a Fuvest. Enquanto a Fuvest tiver a lista enorme de conteúdos que hoje apresenta para seu processo seletivo, as escolas de ensino médio que têm por objetivo que seus alunos sejam bem sucedidos nesse vestibular, terão que trazê-los para dentro da sala de aula. Enquanto conceito, a proposta de mudança nos parece muito interessante. Traz flexibilidade curricular, atendendo diferentes perfis e projetos de alunos. Traz também, novos desafios de desenvolvimento profissional aos educadores para que os objetivos sejam alcançados. Em termos de políticas públicas, o trabalho com os educadores precisa ser bem elaborado e implementado. No país, o Enem não é o único exame de acesso ao Ensino Superior. Haverá impacto significativo se o Enem se transformar em componente curricular obrigatório ao Ensino Médio, como é o Enade para o ensino superior. A previsão é que os primeiros alunos a serem afetados pelo novo formato sejam os que iniciarem o ensino médio em 2018, segundo o Ministério da Educação (MEC). Durante o ano de 2017 devemos trabalhar para desenvolver e detalhar as diversas etapas para que esse modelo seja bem sucedido. Precisamos ter cautela para estabelecer um processo de transição em que os alunos possam usufruir da nova proposta de forma que ela traga, efetivamente, mais ganhos do que perdas."
 
Hélcio Alvim, coordenador pedagógico do Ensino Médio do Colégio Mopi, no Rio de Janeiro
“O primeiro aspecto é a forma. A medida provisória não tem sido, ao longo da história, a melhor maneira de debate democrático e participativo. Ainda mais em um ambiente de discussão Base Nacional Comum Curricular, que supõe a participação de educadores. Um segundo aspecto é o conceito de ser humano que a medida provisória traduz. E essa concepção, que aparentemente reduz o ser humano a certo tipo de saber puramente intelectual, retirando artes e educação física da obrigatoriedade da matriz curricular, tirando também sociologia e filosofia e, portanto, tirando um componente de criticidade, essa redução do humano a termos muito restritos é que nos preocupa fundamentalmente. Há também outra questão a ser discutida, a obrigatoriedade do inglês, principalmente em um contexto de aproximação cultural com países latino-americanos, como nós também. Retirar o espanhol como língua obrigatória, tornando-o apenas sugerida como segunda língua estrangeira, parece ser um retrocesso. Outro aspecto relevante a ser destacado é a crítica ao papel do professor, que passa a ser relativizado. Essa noção de notório saber é bastante vaga. E autorizar pessoas com notório saber ao título de professor também nos parece preocupante. Em favor da reforma, o grau de flexibilidade que ela encaminha e também que haja um componente de eletividade por parte do aluno, que ele possa escolher alguns aspectos da sua escolarização. E o apontamento para um horário ampliado ou integral, que queremos que resulte em uma educação integral, o que é mais importante que um horário integral."


 

SINTE MIPIBU PARTICIPA DA PARADA NACIONAL DA EDUCAÇÃO



Professores Laélio Costa, Ivânia Shirley e Kennedy Michel participaram hoje pela manhã de palestra com a senadora Fátima Bezerra (PT-RN) sobre o processo de Desmonte da Educação Pública Brasileira, no auditório do SINTE/RN, em Natal.

Atenção, colegas mipibuenses!!! 

A programação prossegue na tarde de hoje!!!

Culminância da PARADA NACIONAL DA EDUCAÇÃO ocorre a partir das 14:30 horas na Praça da Árvore no Conjunto Mirassol.

PARTICIPEM DESSA MOBILIZAÇÃO, SEUS DIREITOS ESTÃO EM JOGO !!!

DIGA NÃO A OMISSÃO, 
JUNTE-SE A NÓS NESSA LUTA A FAVOR DOS DIREITOS TRABALHISTAS E PELA DEFESA DO PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO !!!

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

TEMOS QUE LUTAR CONTRA O DESMONTE DO ENSINO PÚBLICO



Enquanto os pelegos furam as mobilizações o ministro "Mendoncinha", aquele que não entende p... nenhuma de educação, sepulta o ensino médio. 

Segundo a mídia golpista a tal comentada "reforma do ensino médio" surge para flexibilizar o currículo, fazendo com que os estudantes não percam tempo como matérias que não tem nada a ver. 

Gostaram do "nada a ver"?

I-m-o-r-a-l ! 

Presidente Temer e o seu ministro da Educação, Mendonça Filho, o "Mendoncinha".
TODAS AS MATÉRIAS QUE LEVAM A REFLEXÃO SERÃO ENCARADAS A PARTIR DE AGORA COMO DESNECESSÁRIAS. NADA DE HISTÓRIA, GEOGRAFIA, SOCIOLOGIA E FILOSOFIA.

"Quanto mais ignorante o povo for, melhor para os canalhas da política apadrinhados pela justiça injusta liderada pelo ultra parcial juiz Moro. 

É óbvio que o objetivo primordial dessa reforma com cara de demolição/implosão nada mais é do que deixar os estudantes na mais completa alienação.

Editar medida provisória para melhorar as condições de trabalho e renda do profissional da educação esse governo golpista não faz mas para enterrar a educação pública, aí é com eles mesmo !



Só acredita que isso é algo positivo quem for muito bobo ou excessivamente alienado pela mídia.

E como se ainda fosse pouco, o governo também deseja contratar professores sem a necessidade de concurso público para "revolucionar" a nossa educação. 

Anotem aí: o que vai ter de apadrinhado político semi-analfabeto sendo contratado como professor .... 


Mais uma vez, "parabéns" aos professores golpistas por ajudarem a enterrar a nossa profissão. 

Será que esses incautos acreditam que tudo isso resultará em benefícios para a educação?

                                   Preparem-se porque do jeito que a "coisa" vai o PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO vai pelos ares em janeiro do ano que vem !!! 


Colegas, arregalem os olhos!!!

Se não fortalecermos a luta, eles literalmente nos esmagarão !!!

AMANHÃ VAMOS AS RUAS CONTRA O DESMONTE DA EDUCAÇÃO PÚBLICA


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SINTE/RN) e o Núcleo Sindical dos Trabalhadores em Educação do Município de São José de Mipibu (SINTE/MIPIBU) conclamam o magistério brasileiro, potiguar e mipibuense a paralisarem suas atividades no dia de amanhã para demonstrar a indignação dos trabalhadores em educação pública diante dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e visam única e exclusivamente precarizar as carreiras dos trabalhadores em educação, eliminando quase que totalmente os direitos trabalhistas que dispomos.

A orientação é que TODOS OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA SUSPENDAM SUAS ATIVIDADES.




A parada está sendo convocada pelas principais centrais sindicais do país, inclusive à CUT, entidade a qual o SINTE é filiado, bem como pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).


O dia tem como intuito reunir os trabalhadores da educação e das demais áreas para protestar contra os cortes de direitos que vêm sendo aplicados pelo governo Temer

Conheça algumas das armadilhas que o governo Temer pretende colocar em prática prejudicando educadores e estudantes das redes públicas de ensino: 

O PLP 257 – Que limita os Planos de Carreira

A PEC 241 – Que congela o Piso do Magistério

O PL 4567 – Que desvincula os royalties do petróleo para educação
A Reforma da previdência – Que acaba com a aposentadoria especial

Projeto Escola Sem Partido – Que amordaça os educadores


Amanhã (22) haverá um debate sobre os projetos de lei que retiram direitos dos trabalhadores. 

O debate acontece a partir das 9h, no auditório do SINTE. 

Às 17h, com concentração no Via Direta, será realizado um ato público em defesa da educação e contra a retirada de direitos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

CMEI PAU BRASIL RESGATA FOLGUEDOS E TRADIÇÕES POPULARES COM O PROJETO QUINTAL CULTURAL


Sempre inovando, a equipe do CMEI Pau Brasil realiza na tarde desse sábado (17), a primeira edição do projeto Quintal Cultural. 

No cardápio de atrações, muita música, dança e diversão. A riqueza da cultura que emana do povo com suas nuances e matizes pede passagem prometendo lotar as dependências do CMEI Pau Brasil.
 
Francisca Melo e Adriana Suassuna comandam o CMEI Pau Brasil 
As gestoras Adriana Suassuna e Francisca Melo apresentam a comunidade escolar o trabalho de valorização - e, porque não dizer - de perpetuação das tradições culturais do nosso povo, da nossa gente. 

No CMEI Pau Brasil as crianças desde cedo entram em contato com  o rico repertório cultural brasileiro e nordestino. Através de brincadeiras, cantorias e personagens mágicos, os pequenos entram em contato com o universo mágico de Monteiro Lobato, familiarizam-se com o pastoril, boi de reis e coco de roda. 

As cantigas que há gerações povoam o imaginário infantil também fazem parte desse resgate, assim como as lendas, os mitos e os mistérios que inspiram a dramatização do Boi-Bumbá.

É sempre bom lembrar que o Rio Grande do Norte é um estado rico em tradições e folguedos populares. 

Não é a toa que aqui nasceu, Luís da Câmara Cascudo, o mais aplaudido e prestigiado pesquisador da cultura popular brasileira.


A cultura ingênua, marota, moleca, mestiça que é a cara do nosso povo mantêm-se viva através de iniciativas como essa promovida pela equipe do Pau Brasil. 

Em uma era dominada pelos avanços tecnológicos, nada pode ser mais gratificante e ao mesmo tempo comovente que o encantamento das crianças com as brincadeiras do passado. 


RESUMO:

I Quintal Cultural 
CMEI Pau Brasil 
Bairro Pau Brasil 
São José de Mipibu (RN)
Horário: 15:00 horas

ENTRADA FRANCA !