terça-feira, 27 de outubro de 2020

Se aulas voltarem na pandemia, professores bolsonaristas darão mais trabalho que as crianças, diz psicóloga

 "Eles são fanáticos e seguem os péssimos exemplos do presidente. Em alguns casos, é preciso internação psiquiátrica antes do retorno às escolas."

Educação | Uma psicóloga curitibana consultada via Messenger pelo Dever de Classe disse que os professores bolsonaristas darão mais trabalho que as crianças, caso aulas presenciais retornem na pandemia de coronavírus. Ela aborda o fanatismo dos seguidores do presidente e diz que, em muitos casos, é preciso internação psiquiátrica antes da volta às escolas.

Dra, por que a senhora avalia que os professores bolsonaristas darão mais trabalho que as crianças, em caso de volta às aulas na pandemia? (Por receio de retaliações, a especialista prefere não se identificar).

Eles são fanáticos, perderam a noção de realidade e seguem os péssimos exemplos do presidente. Basta ver pela mídia o Bolsonaro em meio a multidões no Nordeste e outros cantos do País. Os seguidores chegam perto, querem abraçar, beijar, mesmo o capitão sem máscara e após  dizer que se contaminou. Nas escolas, dificilmente se submeterão aos protocolos de segurança.


A senhora não acha que está exagerando?

Claro que não! Vejam vocês mesmos as imagens. Eles seguem piamente o que o presidente diz e tentam imitá-lo em tudo. Se o Bolsonaro não dá importância a máscara ou outro equipamento de segurança, eles também não dão. E muitos tomaram, sob conselho público do presidente, cloroquina e outros remédios. Por isso, chegarão nas escolas dizendo que estão imunes ao vírus. Basta lembrar também que acreditam ainda hoje em mamadeira de piroca e kit gay. Vão dar muito trabalho.

O que a senhora aconselha, então?

Nos casos mais leves, acho que uma boa e firme conversa com a direção da escola e os orientadores pedagógicos pode resolver. Mas há os muito radicais. Estes precisam passar por uma internação psiquiátrica antes do retorno. É triste, mas é a realidade.



FONTE: DEVERDECLASSE.ORG

Dia do Servidor Público será marcado pela luta em defesa dos serviços públicos


Os atos também serão em defesa das empresas públicas que estão na mira da privatização, como os Correios, Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica e, no Distrito Federal, a Companhia Energética de Brasília (CEB), e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/2020), que prevê uma reforma Administrativa que acena ao mercado e penaliza população, destrói funcionalismo público e mantém privilégios para poucos.

A luta é contra o processo de sucateamento e desmonte dos serviços públicos e das estatais, iniciado pelo golpista Michel Temer (MDB) e intensificado na gestão do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que deve ser acelerado com a tramitação da reforma Administrativa encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional, e as privatizações das empresas públicas, que serão entregues ao capital financeiro e às corporações multinacionais, entre elas, a Eletrobras, que além de atacar a soberania nacional, afeta o bolso dos trabalhadores e trabalhadoras.

O Dia de Mobilização Nacional de Luta Contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro, nesta quarta-feira, está sendo organizado nas capitais e nos grandes centros de todo o país, segundo o diretor Executivo da CUT, Pedro Armengol.

É dia de denunciar a política do governo Bolsonaro que, se aprovada no Congresso Nacional, pode acabar com o serviço público no Brasil, disse o dirigente se referindo a PEC 32 que, segundo ele, prevê uma profunda mudança no papel do Estado no Brasil, com a precarização do serviço público, retirada de direitos dos servidores e o início do modelo de Estado mínimo e que deixará milhares de pessoas sem acesso a serviços básicos essenciais.

Reforma Administrativa desconhece realidade de servidores públicos do Brasil

“Não temos o que comemorar neste dia 28 e também não podemos ficar em casa sem nos manifestar. Estaremos nas ruas, com todos equipamentos de proteção contra Covid-19, para dialogar com a sociedade sobre esta medida de Bolsonaro e Guedes que, se aprovada, só quem tem dinheiro para pagar que terá educação e saúde. E isso tudo num grande descaso com a população para atender ao capital financeiro”, explicou.

“No orçamento de 2021, por exemplo, está previsto 53% dos recursos para pagamento de dívidas com os bancos, e para isso eles vão tirar pessoas, principalmente as mais carentes, da cobertura social do Estado. Eles estão rasgando o contrato social garantido na Constituição de 1988, tirando o Estado como responsável pela saúde, saneamento e educação para todos e todas”, completou.

O diretor Executivo da CUT ressalta que a mobilização da próxima quarta será maior que a do último dia 30. “Cada estado e fórum estão discutindo o formato e local dos atos, sempre prestando atenção nas condições sanitárias contra a Covid-19, mas pelo que podemos avaliar, desta última reunião com as entidades que estarão neste dia 28 nas ruas, é que este ato será grande”.

"A nossa responsabilidade é ir contra esta medida e derrotar este projeto tão danoso para a sociedade brasileira, que é a reforma Administrativa e o conjunto de privatizações das nossas estatais." - Pedro Armengol

CUT orienta sua base

A Executiva Nacional da CUT convocou todas as CUTs estaduais, Ramos e entidades filiadas a se somarem aos atos em todos os estados e municípios, para “demonstrar indignação e disposição de luta contra essa política que atenta contra a soberania nacional, os interesses da maioria do povo brasileiro que é atendido pelos serviços públicos e dos servidores públicos que prestam serviços inestimáveis para nosso povo”.

Onde vai ter ato

Em São Paulo, o Macrossetor do Serviço Público da CUT-SP vai realizar um ato, às 13h30, na Praça do Patriarca, no centro da capital. O uso de máscaras e os cuidados de autoproteção, como manter o distanciamento, será obrigatório entre os participantes.

No Distrito Federal, além de debates conjunturais e falas políticas, a atividade contará com apresentações artísticas diversas. A transmissão será a partir das 18h pela TV Comunitária ─ Canal 12 na NET ─ e pelas páginas do Facebook das entidades que compõem o movimento.

“É um dia para lembrarmos a importância da servidora pública e do servidor público na prestação de serviços à sociedade e também de ressaltarmos a necessidade da sua valorização”, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

“Nesta data, reforçaremos ainda nossa mobilização contra a reforma Administrativa que, na prática, significa a destruição dos serviços públicos, e nosso posicionamento contra a venda de empresas públicas que são fundamentais para a população”, completou o dirigente.

Em Recife, a agenda começa com panfletagem na Estação Central do Recife, às 7h. Depois, tem um ato simbólico, às 14h30, na Avenida Guararapes.

Em Santa Catarina, as mobilizações estão marcadas para acontecer em Florianópolis, concentração às 10h30, na Catedral, e em Joinville, às 17h, na Praça da Bandeira.

Em Minas Gerais vai ter pedágio nos órgãos públicos para que os dirigentes sindicais e servidores públicos possam falar da importância dos serviços públicos.

Em Porto Alegre, o ato público, às 14h, será em frente à Prefeitura, e foi convocado pela Frente dos Servidores Públicos, pela CUT e demais centrais sindicais e movimentos sociais. Também será realizada uma coletiva de imprensa, às 11h, das entidades que representam federais, estaduais e municipais, que participam das mobilizações contra a reforma administrativa.

(CUT Brasil, Érica Aragão e Marize Muniz, 26/10/2020)

Pagamento do Piso 2020 da Rede Estadual está garantido



A Procuradoria Geral do Estado (PGE) emitiu parecer favorável sobre o Pagamento do Piso 2020 da Rede Estadual de Ensino. O parecer veio em resposta a uma consulta jurídica encaminhada pela Secretaria de Estado da Administração do RN. Com isso, os professores e professoras do Estado podem ficam tranquilos quanto a atualização salarial que foi conquistada após deflagração da greve e luta coordenada pelo SINTE/RN.

O reajuste devido aos professores da Rede Estadual vinha sendo alvo de questionamentos em decorrência da Lei Complementar n.º 173/2020 (lei Federal de enfrentamento ao Coronavírus) que proibiu “conceder, a qualquer título, vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a membros de Poder ou de órgão, servidores e empregados públicos e militares, exceto quando derivado de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior à calamidade pública”.

Todavia, sobre o reajuste do magistério no RN, para a PGE há “possibilidade jurídica de implantação e pagamento do reajuste nos vencimentos dos professores da Rede Estadual l de Ensino abrangidos pela Lei Complementar Estadual n.º 671/2020 cumulativamente ao disposto na Lei Federal n.º 11.738/2008, visto que a excepcionalidade legal prescrita no artigo 8º, inciso I da Lei Complementar n.º 173/2020 não incide neste caso específico.”

RETROSPECTIVA DA LUTA PELOS 12,84%

A luta pela implementação do reajuste de 12,84% começou em janeiro. Na ocasião, o SINTE/RN buscou negociar com o Governo. No entanto, as 4 primeiras propostas apresentadas foram consideradas insuficientes e rejeitadas pela categoria. O resultado foi a greve que iniciou em 05 de março, mas teve quer ser suspensa no dia 18 do mesmo mês em virtude do novo coronavírus e das medidas de isolamento adotadas.

Com a mobilização tradicional comprometida, o Sindicato passou a atuar mais fortemente no ambiente digital e implementou uma campanha nas redes sociais a fim de pressionar o Governo a apresentar uma nova proposta. A entidade também procurou negociar com o Executivo por meio de audiências online, garantindo a segurança de todos. Por fim, após vários diálogos virtuais, o Governo apresentou uma proposta e a direção do SINTE/RN, utilizando as prerrogativas legais garantidas no Estatuto do Sindicato, aprovou a proposição considerando a pandemia e o risco de a categoria ser alcançada pela Lei Federal 173/2020, que determinou que os Estados e Municípios brasileiros congelem os salários e qualquer vantagem dos servidores públicos até dezembro de 2021.

Em 28 de maio, com um placar de 16 votos favoráveis e 1 contrário, os deputados estaduais aprovaram o projeto que garantiu o Piso Salarial 2020 da Rede Estadual. Um dia depois, a governadora Fátima Bezerra sancionou o projeto de lei, afiançando a correção dos 12,84%. A sanção foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de 30 de maio.

Conforme acordo negociado, o pagamento da primeira parcela de 3% foi efetuado para aposentados, pensionistas e ativos, com o salário de junho. Em outubro será quitada a segunda parcela de 3% (acumulado 6,09%) e a terceira parcela, de 6.363%, será quitada em dezembro. O retroativo virá em 11 parcelas, de fevereiro a dezembro de 2021.

SINTE/RN quer esclarecimentos do Governo sobre portaria que prevê reposição de aulas virtuais

 

O SINTE/RN está pedindo uma audiência com o Governo do Estado para obter esclarecimentos acerca da portaria 431, que prevê a reposição de aulas virtualmente com vistas a cumprir o ano letivo de 2020. A portaria foi publicada na última quarta-feira (21) pela Secretaria Estadual de Educação (SEEC). Nela, a pasta afirma que os professores deverão desenvolver atividades de forma não presencial até 18 de dezembro deste ano “computando o percentual de 75% da carga horária mínima de 800 horas correspondentes ao ano letivo”. O texto ainda diz que os profissionais devem, entre 1º de janeiro e 12 de março de 2021, repor os 25% restantes, de forma híbrida. Isto é, presencialmente e à distância.

O coordenador geral do SINTE/RN, professor Bruno Vital, questiona: “Como dar 75% (de aulas) neste período? É praticamente impossível.” Ao mesmo tempo o sindicalista afirma que a portaria não é clara: “No nosso entendimento, a aula remota é uma realidade. Porém, a portaria deixa vários pontos em aberto”. Ele aponta que o Governo fala em promover os anos letivos de 2020 e 2021 em ciclos, mas antecipa o fim: “Se vai ter um ciclo, que é correspondente a seis meses, como 2020 será encerrado em março?”.

Além disso, o sindicalista pergunta como a SEEC vai garantir que as aulas alcancem todos os estudantes: “Há estudantes que moram na zona rural. Não têm internet, têm dificuldade para chegar na cidade para buscar atividades. Como a SEEC vai garantir que estas aulas chegarão a todos?”.

Bruno explica que a portaria e outros pontos serão discutidos com a SEEC tão logo o encontro for agendado. Leia a portaria na íntegra AQUI.

No Dia do Servidor, SINTE/RN veicula VT exaltando luta e compromisso dos funcionários da educação


Para marcar o Dia do Servidor Público, celebrado nesta quarta-feira (28), o SINTE/RN inseriu em dois canais de televisão um VT (videotape) em que exalta a importância dos funcionários da educação para o funcionamento das escolas públicas. O anúncio está sendo veiculado na Band Natal e TV Ponta Negra nesta terça e quarta-feira (27 e 28 de outubro). Ao todo, são 40 inserções distribuídas ao longo dos dois dias.

No vídeo, o Sindicato aponta que, embora a aposentadoria, estabilidade, direitos trabalhistas e salário estejam sob ataque, os servidores públicos a isso tudo “respondem com muita luta, resistência e compromisso com o trabalho”.
A peça publicitária está no ar no Facebook e Instagram do SINTE/RN e pode ser vista agora mesmo clicando AQUI. Confira abaixo os horários de exibição nas TVs:

> BAND NATAL (27 E 28/10)

The Chef
Bora Brasil
Bora RN
Nordeste Urgente
Band Mulher
Melhor da Tarde
Brasil Urgente Local
Band Cidade
Jornal da Band
Novela
Band Notícias
Jogo Aberto
Band Mulher
Brasil Urgente Local
Band Cidade

> TV PONTA NEGRA (27 E 28/10)

Notícias da Manhã (quinta-feira)
Tudo de Bom (quinta-feira)
Patrulha da Cidade (quinta-feira)
Jornal do Dia (quinta-feira)
Jornal do Estado (quarta e quinta-feira)
SBT Brasil (quarta-feira)
Casos de Família (quarta-feira)
Novela da Noite (quarta-feira)
Programa do Ratinho (quarta-feira)

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Governo do RN inicia hoje (15) pagamento dos servidores


O Governo do Estado deposita a primeira parcela do salário do mês de outubro nesta quinta-feira (15). O pagamento respeita o compromisso firmado entre gestores estaduais e representantes de classe dos trabalhadores no início do ano. Serão aplicados na economia do Rio Grande do Norte mais de R$ 234 milhões. Quase 100 mil servidores serão beneficiados com o adiantamento. “Esse pagamento que já temos feito desde o primeiro mês desse Governo é muito propositivo para o momento. Precisamos reaquecer a economia após o período de pandemia. Teremos um volume significativo de recursos já na metade do mês que colaborará para isso”, opinou o secretário de Planejamento e das Finanças, Aldemir Freire. 

Mais de 39 mil servidores, entre ativos, inativos e pensionistas que ganham até R$ 4 mil (valor bruto), terão o salário integral depositado já no início da manhã. E ainda 30% adiantado para outros 32,3 mil trabalhadores do Estado que recebem acima desse valor. Também recebe o salário integral toda a categoria da Segurança Pública. O Governo liquida o pagamento de outubro, num total de quase R$ 460 milhões, no próximo dia 30. Os servidores que ganham acima de R$ 4 mil receberão os 70% restantes e o funcionalismo lotado em pastas com recursos próprios terá seu salário integral depositado nesta data.

Fonte: GOVERNO DO RN

Dia do Professor completa 57 anos com enormes desafios para a categoria



O Brasil celebra nesta quinta-feira (15) o Dia do Professor. A data foi instituída por um decreto do presidente João Goulart em outubro de 1963 para “comemorar condignamente” e “enaltecer a função do mestre na sociedade moderna”. Passados 57 anos, a categoria enfrenta condições de trabalho adversas e está no centro do debate sobre a retomada das atividades interrompidas pela pandemia de coronavírus.

Um estudo publicado em setembro pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) serve como parâmetro objetivo para avaliar o nível de valorização do professor no Brasil. A instituição comparou a remuneração inicial de educadores do ensino médio em 40 países. O resultado é constrangedor: o Brasil ocupa a última posição no ranking, com US$ 13.630 anuais — cerca de US$ 1.135 dólares por mês. Ficamos atrás de Costa Rica (US$ 1.212), Colômbia (US$ 1.770), Chile (US$ 1.938) e México (US$ 2.283), por exemplo. A média entre os 40 países pesquisados pela OCDE é 2,5 vezes superior à brasileira: US$ 2.923 mensais.

Mas o grau de reconhecimento aos professores também pode ser medido por critérios subjetivos. Eis um exemplo simbólico: o Brasil tem mais de 40 municípios batizados em homenagem a militares ilustres. De Tenente Ananias (RN) a Marechal Deodoro (AL), passando por Capitão Enéas (MG), Major Vieira (SC), Coronel Barros (RS) e General Salgado (SP). Em contrapartida, entre as 5.570 cidades brasileiras, apenas uma celebra a memória de um docente: a pequena localidade de Professor Jamil (GO), com pouco mais de 3 mil habitantes.

A falta de reconhecimento — seja objetivo ou simbólico — gera consequências muitas vezes dolorosas. Outro estudo publicado pela OCDE analisa a violência contra professores e diretores escolares. O Brasil ocupa o primeiro lugar na lista, elaborada com base no depoimento de mais de 100 mil educadores ao redor do mundo. Entre os brasileiros, 12,5% relatam ter sido vítimas de agressão verbal ou intimidação pelo menos uma vez por semana. A média nos 34 países pesquisados é de 3,4%.

O Senado analisa mais de 20 projetos que buscam amenizar esse cenário. As matérias podem ser divididas em cinco grandes temas. A maior parte delas busca assegurar remuneração mais justa para os professores. Outras propostas sugerem melhores condições de trabalho, incentivos financeiros e até premiações para a categoria. Um quinto grupo de projetos busca maneiras de fortalecer a atuação dos professores durante a pandemia de coronavírus.

“E o salário, ó”

O piso salarial dos profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira é de R$ 2.886,24. Isso equivale a menos de três salários mínimos por mês. Sete proposições no Senado fixam valores mais altos ou novas fontes de financiamento para a remuneração inicial.

A Sugestão (SUG) 9/2019 foi apresentada por meio do Portal e-Cidadania pelo professor Luiz Claudio Cardenas, de São Paulo. O texto eleva o piso dos profissionais da rede pública da educação básica para R$ 3,5 mil. “Com o aumento do piso salarial, os professores poderão exercer sua docência com maior excelência e competência e dedicar mais tempo ao preparo das aulas, sem ter jornadas de trabalho desgastantes”, argumenta Cardenas.

A matéria recebeu mais de 20 mil apoiamentos pela internet e aguarda votação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Se for aprovada pelos parlamentares, a proposição passa a tramitar como um projeto autônomo no Senado. O texto aguarda parecer do relator e presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS).

O Projeto de Lei do Senado (PLS) 287/2017, do senador Telmário Mota (Pros-RR), é ainda mais ambicioso. O texto eleva o piso dos atuais R$ 2.886,24 para R$ 7.767,94 mensais. De acordo com o texto, a União ficaria responsável por pagar 70% dos salários dos professores da rede pública dos estados, do Distrito Federal e dos municípios: uma despesa extra de R$ 135 bilhões por ano.

“Nossos professores ganham menos até que os de nações com o mesmo nível de desenvolvimento, como Chile, Colômbia e México. Esta realidade não é condizente com os desafios que o Brasil deve enfrentar em matéria de educação. Sem um magistério bem remunerado, não será possível atrair os jovens mais talentosos para a profissão docente, situação que vem ocorrendo segundo vários estudos”, argumenta Telmário. O texto aguarda parecer do senador Humberto Costa (PT-PE) na Comissão de Educação (CE).

Outro projeto prevê fontes alternativas de financiamento para o setor. O PLS 307/2015, do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), repassa ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) metade do dinheiro arrecadado pela União com a renda do petróleo. A Lei 12.858, de 2013, já destina parcela dos recursos para as áreas de educação e saúde. Mas, de acordo com o autor do projeto, o dinheiro “não prioriza as ações para um salto de qualidade”.

“Se os recursos não são suficientes frente às demandas históricas, é necessário que sejam gastos de forma eficaz, evitando dispersão ou sua utilização em substituição a outras fontes atualmente destinadas a programas educacionais. Nossa proposição procura atenuar o problema, direcionando 50% das rendas do petróleo destinadas à União”, explica. A matéria foi aprovada na CE e aguarda a votação do parecer do senador Otto Alencar (PSD-BA) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Condições de trabalho

Para enfrentar a questão da violência na sala de aula, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) apresentou o Projeto de Lei (PL) 5.276/2019. O texto prevê medidas protetivas para profissionais da educação agredidos por alunos, pais ou responsáveis. A regra vale não apenas para professores, mas também para auxiliares, coordenadores, bedéis, bibliotecários, secretários e outros trabalhadores que tenham contato direto com os alunos. Entre as medidas, o texto prevê a suspensão do agressor por até 15 dias, a troca de turma e a reparação de perdas e danos materiais provocados pelos atos de violência.

“Essa violência é motivada, muitas vezes, pela frustração com notas baixas, pela reação à autoridade do professor que tenta conter distrações ou confusões no ambiente escolar ou até mesmo pela pura e simples rebeldia que, naturalmente, aflora na juventude e pode desencadear atitudes agressivas. Em razão dessa vulnerabilidade a que estão sujeitos os professores, é preciso criar mecanismos legais que promovam atendimento e proteção adequados a esses trabalhadores”, afirma Kajuru. O texto aguarda o parecer do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

PL 3.942/2019, do senador Dário Berger (MDB-SC), assegura o direito à liberdade de expressão, opinião e pensamento a professores, funcionários e alunos em escolas e universidades públicas. “É inconcebível que a escola possa existir e prosperar sem respeito à liberdade. A cassação da voz de qualquer pessoa dentro do ambiente escolar é prejudicial não apenas para o atingido, mas para toda a sociedade. Democracias sólidas não combinam com nenhum tipo de repressão ou cerceamento do pensamento e das manifestações, independente da sustentação ideológica”, argumenta Dário Berger. O texto aguarda a votação do relatório do senador Flávio Arns (Podemos-PR) na CE.

Incentivos

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 182/2019 autoriza os estados e o Distrito Federal a criarem a Loteria Estadual de Valorização da Educação. O autor, senador Jorginho Mello (PL-SC), sugere que 65% da renda líquida obtida com a exploração do serviço sejam usados para pagar um bônus salarial aos professores da rede pública. Outros 20% seriam destinados ao pagamento de bolsas de estudos, 10% para a compra de equipamentos para escolas e 5% para o pagamento do prêmio.

“A concessão do bônus será gradual entre os professores da melhor escola para as demais, onde os professores da primeira colocada receberão um pouco mais que os da segunda, e assim sucessivamente. Destaca-se que entre os professores das escolas o valor do bônus será dividido de forma igual entre todos”, explica Jorginho Mello. O relatório do senador Flávio Arns está pronto para ser votado na CE.

Outro projeto no Senado (PLS 512/2017) isenta os professores efetivos da educação básica do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis. O texto é resultado da SUG 40/2017, aprovada pela CDH.

A justificativa do projeto foi assinada pela então presidente da comissão, ex-senadora Regina Sousa (PI). “O rendimento médio dos profissionais do magistério com nível superior é de pouco mais da metade dos demais profissionais brasileiros com formação equivalente. Isso significa que o professor precisa trabalhar mais, muitas vezes em escolas diferentes, para garantir seu sustento. Nesse caso, pode-se considerar o automóvel um verdadeiro instrumento de trabalho”, argumenta. O texto aguarda parecer do relator, senador licenciado Veneziano Vital do Rêgo (PB).

O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 54/2017 garante aos professores descontos na compra de livros, periódicos e materiais didáticos. O abatimento mínimo é de 20%. A matéria aguarda parecer do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na CAE.

Homenagens

Outros dois projetos instituem prêmios de reconhecimento aos professores. O PRS 34/2020, da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), cria o Diploma Cecília Meireles para educadores que se destaquem nos ensinos infantil, fundamental e médio. “Vemos homens e mulheres que se dedicam ao ensino com bravura. Enfrentam problemas de falta de infraestrutura e de outras condições adequadas, contam com escassos recursos para inovar, além de receberem, em regra, salários bem pouco estimulantes”, justifica a parlamentar. O texto aguarda distribuição para as comissões de mérito.

PRS 12/2019, da senadora Leila Barros (PSB-DF), cria a Medalha de Mérito Educacional Darcy Ribeiro e o Prêmio Eficiência Educacional Florestan Fernandes. “A primeira tem por objetivo destacar anualmente um educador por estado e Distrito Federal, e a segunda, difundir melhores práticas em educação. As entregas serão feitas na semana do Dia do Professor e na semana do Dia da Educação”, explica a senadora. A matéria foi aprovada na CE e aguarda designação de relator na Comissão Diretora do Senado.

Coronavírus

O Dia do Professor deste ano é marcado por um elemento novo: a pandemia de coronavírus. As aulas presenciais foram suspensas em março, e desde então algumas escolas adotaram o sistema de encontros virtuais para tentar manter a rotina escolar.

Passados sete meses, alguns estados começam a se preparar para um eventual retorno. E, também nesse aspecto, o educador brasileiro está em desvantagem em relação aos colegas de outros países: as salas lotadas podem dificultar o distanciamento necessário após a volta das aulas presenciais.

De acordo com a OCDE, as turmas iniciais do ensino fundamental no Brasil têm em média 24 estudantes por professor. A taxa nos outros países pesquisados é de apenas 15 alunos por docente. Nos anos finais do fundamental e no ensino médio, a média da OCDE é 13 estudantes por professor. No Brasil é de 25 e 24, respectivamente.

Dois projetos em tramitação no Senado buscam amenizar os efeitos da pandemia de coronavírus sobre o magistério. O PL 3.025/2020, do senador Weverton (PDT-MA), cria o Programa Emergencial de Apoio ao Financiamento de Estudantes do Ensino Superior e proíbe a demissão de professores e funcionários de universidades particulares durante a pandemia de coronavírus.

“Estabelecemos a criação de um programa para aqueles beneficiários que recebem até 12 salários mínimos por mês, com taxas de juros mais baixas. As instituições de ensino superior terão que dar as contrapartidas já estipuladas no Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e outras elencadas no projeto, como a proibição de demissão de professores e funcionários. Por sua vez, o Estado financiaria os cursos superiores em instituições financeiras públicas com taxas mais baixas”, explica Weverton.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 28/2020, do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), destina aos professores parte dos precatórios pagos pela União para complementar os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) a estados e municípios. Os recursos também podem ser aplicados em ações de enfrentamento à pandemia do coronavírus.

“Nossa proposição não olha apenas para os que foram prejudicados no passado, mas procura contribuir na solução da maior crise enfrentada pelo Brasil e pelo mundo neste século. Fazemos isso por meio da permissão para que até 50% do montante dos recursos provenientes de precatórios relativos ao Fundef possam ser utilizados nas ações de combate à pandemia de covid-19. Ao abrir essa possibilidade, reforçamos a luta contra a doença, contribuindo para salvar vidas e permitir o mais rápido possível o retorno à normalidade da vida social e das atividades econômicas”, afirma Rodrigo Cunha. As duas matérias aguardam distribuição para as comissões de mérito.


FONTE: Agência Senado

15 DE OUTUBRO - DIA DO PROFESSOR - PARABÉNS AOS QUE PLANTAM O FUTURO DAS NOVAS GERAÇÕES

 


15 de outubro: veja a homenagem do presidente da CNTE, Heleno Araújo, às professoras e aos professores de todo país

 

Nesta quinta, 15 de outubro, data em que se comemora o Dia Nacional do Professor e da Professora, o presidente da CNTE, Heleno Araújo, gravou uma mensagem para os/as docentes de todo país lembrando que "esta é uma profissão que ajuda a formar cidadão e cidadã. Essa cidadania tem que garantir vida digna para as pessoas". Leia a mensagem completa a seguir e veja também o vídeo publicado no Youtube e nas redes sociais da CNTE.

"Professoras e professores do Brasil,

A nossa geração está enfrentando a pandemia do Covid-19, que mostrou a importância da nossa profissão para a população brasileira e do mundo.

Por isso neste dia 15 de outubro de 2020 nós merecemos todas as homenagens que serão prestadas a esta profissão. Que este dia sirva de reflexão para que possamos seguir firmes e determinados para transformar o mundo em que vivemos.

Esta é uma profissão que ajuda a formar cidadão e cidadã. Essa cidadania tem que garantir vida digna para as pessoas. Esse é o nosso trabalho: cuidar e formar as pessoas para viverem com dignidade. Por isso merecemos as homenagens e sigamos juntas e juntos em defesa de uma educação pública para todos e para todas com a qualidade social que defendemos e a valorização de seus profissionais. Um forte abraço e feliz 15 de outubro".

Heleno Araújo, presidente da CNTE.

>> Assista ao vídeo em homenagem ao Dia dos Professores - 15 de outubro.

Dia do/a Professor/a: SINTE/RN homenageia os/as professores/as em vídeo veiculado em TVs

 

O SINTE/RN está colocando no ar o seu já tradicional vídeo em homenagem pela passagem do Dia do(a) Professor(a). Neste ano, a campanha ressalta os valores dos(as) profissionais do magistério, que geram o sentimento de gratidão de toda a sociedade. Valores que se mostraram tão fundamentais neste momento de pandemia, quando os(as) professoras(as) de todo o mundo se reinventaram ministrando aulas remotas e passando a lutar também pelas redes sociais em prol da educação.

Esta campanha está sendo veiculada nesta quarta e quinta-feira (14 e 15 de outubro) na Band Natal e TV Ponta Negra. Assista ao vídeo AQUI e confira abaixo a programação:

> BAND NATAL

  • Primeiro Jornal (quinta-feira)
  • The Chef (quinta-feira)
  • Bora Brasil (quinta-feira)
  • Bora RN
  • Nordeste Urgente
  • Band Mulher
  • Melhor da Tarde
  • Brasil Urgente Local
  • Band Cidade
  • Jornal da Band
  • Novela
  • Band Notícias
  • Cine Clube (quinta-feira)
  • Jornal da Noite
  • Bora Nordeste (quinta-feira)
  • Minha Receita (quinta-feira)

> TV PONTA NEGRA

  • Notícias da Manhã (quinta-feira)
  • Tudo de Bom (quinta-feira)
  • Patrulha da Cidade (quinta-feira)
  • Jornal do Dia (quinta-feira)
  • Jornal do Estado
  • SBT Brasil (quarta-feira)
  • Casos de Família (quarta-feira)
  • Novela “Quando Me Apaixono”(quarta-feira)
  • Programa do Ratinho (quarta-feira)