Nas duas últimas semanas, um grande alvoroço tem tomado conta do CAIC, em decorrência de uma escolha por parte da Secretaria Estadual de Educação (SEEC) e do MEC, que, de forma abrupta deseja implementar a modalidade de ensino médio integral sem consultar a comunidade escolar.
Mesmo ciente das graves deficiências de infraestrutura apresentadas pela EE Hilton Gurgel de Castro, a diretora da 2a. Direc, Claudiana Telles segue intransigente no tocante ao pleito do CAIC.
Para quem trabalha, estuda ou possui filhos na referida unidade de ensino é visível que a escola não tem a mínima condição de receber o ensino médio integral em 2019, devido à má condição estrutural que o prédio da escola apresenta.
Um aspecto que parece não estar sendo levado em consideração pela SEEC diz respeito a provável marginalização de centenas de alunos que ficarão sem terem onde estudar, diante do desligamento de todos os alunos do fundamental e da EJA.
Para se ter uma ideia, serão remanejados quase 600 alunos para outras escolas das redes estadual e municipal. Segundo fontes já sondadas não existe disponibilidade de vagas para matricular tantos alunos.
Outro ponto crucial é a carga horária de 40h exigida pelo estado no ensino integral. Caso essa iniciativa seja implementada mais da metade dos professores da escola serão obrigados a abandonar o CAIC e, com isso, terão que ser remanejados para outras escolas da rede estadual seja em São José de Mipibu ou nos demais municípios pertencentes a jurisdição da 2a. Direc.
O debate está posto, a comunidade escolar se posiciona contrária a implementação do ensino integral, e o caso já foi, inclusive, remetido para a apreciação da promotoria pública do município.
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Percebe-se ainda que a implementação do ensino integral afetará a rede municipal de ensino que, por sua vez, terá de arcar com a responsabilidade pelos alunos do Fundamental e EJA, situação essa que poderá - caso, o Estado repasse a totalidade do alunado do fundamental para a prefeitura - resultar numa especie de colapso da rede municipal de ensino, com consequências traumáticas para professores e funcionários da Educação.
Entre tantos percalços, um precisa ser enfatizado: o professor que aderir à essa proposta - pasmem ! - só receberá 60% do vencimento do salário inicial do professor graduado, tendo, entretanto, que cumprir a mesma demanda de horas do primeiro turno. E tem mais: sem direito a férias e 13o. salário.
Eis agora, a pergunta que não quer calar: Isso que está posto, não fere o direito de isonomia?
Sinceridade: muita coisa ainda para ser esclarecido a respeito daquilo que está posto.
* Joaquim Tomé é professor das redes municipais de ensino de São José de Mipibu e Arez e ex-coordenador do Núcleo dos Trabalhadores em Educação de São José de Mipibu.
Eis agora, a pergunta que não quer calar: Isso que está posto, não fere o direito de isonomia?
Sinceridade: muita coisa ainda para ser esclarecido a respeito daquilo que está posto.
* Joaquim Tomé é professor das redes municipais de ensino de São José de Mipibu e Arez e ex-coordenador do Núcleo dos Trabalhadores em Educação de São José de Mipibu.
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