quinta-feira, 18 de agosto de 2016

SAIBA COMO UTILIZAR O JOGO DO POKEMON EM SALA DE AULA

 

Primeiramente, o que é o Pokemon Go?

Lançado no Brasil no início do mês, o jogo Pokemon Go é uma febre por onde passa. Com mais de 21 milhões de usuários ativos diariamente, somente nos Estados Unidos, o jogo promete também conquistar a atenção dos brasileiros.
Os números são muito expressivos e mostram que o jogo está conseguindo mais atenção do que as principais redes sociais do momento, como Facebook e Instagram.

Tempo diário gasto no Pokemon Go em média comparado com outros aplicativos (Fonte: Sensor Tower)
pokemon go uso
O Pokemon Go é um jogo de realidade aumentada, ou seja, mistura elementos do mundo físico e do mundo virtual, juntamente com elementos de gamificação. Nele, ao registrar e entrar, o GPS do celular é sincronizado e o jogador passa a ver o mapa do lugar em que está, porém dentro da realidade do jogo
A partir daí, a busca pelos Pokemons começa!

pokemon go tela do aplicativopokemon go tela com mapa

Não é de hoje que desenhos animados e jogos famosos causam grande influência nas crianças e adolescentes e, consequentemente, na rotina das escolas e nas salas de aula.
No ano de 2000, a revista Nova Escola já estampava em sua capa o furacão que os Pokemons trouxeram para o dia-a-dia das escolas, quando os “bichinhos” eram apenas um desenho animado:

pokemon na capa da nova escola

Agora que o fenômeno está aliado à tecnologia, a tendência é de que a influência seja ainda maior!
Por mais assustador que toda essa onda possa parecer, especialistas em educação do mundo todo estão enxergando isso como uma ótima oportunidade para professores e escolas.
Não é papel das escolas e dos professores estimular e incentivar os estudantes a jogarem, e sim, educá-los e orientá-los para que façam um bom uso. Além disso, podem utilizar certas situações para introduzir o jogo no processo de ensino e aprendizado, afirmam os especialistas americanos que já estão vivenciando essa experiência há mais tempo.
Josh Gauthier, professor e membro do ISTE (International Society for Technology in Education), feira americana equivalente à Bett Educar, afirma:
“Se os educadores conseguirem capturar a paixão dos jovens pelo jogo, imagine o engajamento e o aprendizado que podemos criar. Utilizar a realidade aumentada do jogo pode criar um fascínio pela escola e motivar o aprendizado para os estudantes.”
Pensando nisso, listamos os aspectos positivos e pontos de atenção do Pokemon Go,  além de dicas de como utilizar o jogo de maneira educativa no ambiente escolar.


Confira abaixo!

 

Como explorar o Pokemon Go na escola

Nos lugares em que o jogo chega, diversas discussões, polêmicas e notícias surgem em torno de seu uso. Fato é que, a má utilização, não só desse game, mas como de qualquer outro, pode causar prejuízos para o jovem dentro e fora da escola.

 

Aspectos positivos

  • Promove a interação social entre os jovens
  • Faz com que os jovens saiam de casa para interagir com o espaço público
  • Estimula a realização de atividades físicas

 

Pontos de atenção

  • A distração pode ser perigosa ao atravessar ruas e avenidas
  • Cuidado com a segurança durante a brincadeira
  • Utilizar o jogo em excesso

Para aproveitar essa febre e transformá-la em uma oportunidade para estimular o aprendizado em sua escola, separamos 3 dicas de projetos envolvendo a utilização do Pokemon Go para ser feito em sua escola:

1. Utilizar os ginásios da escola para atividades em grupo

Existem chances do ginásio da sua escola já ter se tornado um “Ginásio Pokemon”, onde os estudantes vão nos intervalos para caçar os bichinhos. Permita e estimule então que seus estudantes organizem torneios no ginásio e utilizem as redes sociais para divulgá-los. Essa pode ser uma excelente ação de marketing para melhorar a reputação e a atração de alunos para sua escola.
Afinal, qual aluno não iria amar estudar em uma escola que da liberdade para jogarem seu jogo favorito com os amigos nos horários livres?
Além disso, nas aulas de Educação Física, o professor pode promover atividades físicas que envolvam o uso do Pokemon Go, aumentando o interesse e o engajamento dos alunos.

 

2. Organizar passeios em parques e museus

Josh Gauthier, do ISTE, recomenda esse projeto. Segundo ele, o professor pode planejar as visitas a parques e museus da seguinte forma:
  • Estudar o local a ser visitado em sala de aula
  • Mapear os pontos de interesse que a turma irá visitar
  • Durante a visita, alternar entre momentos em que os alunos estarão assistindo a explicação do professor e momentos em que estarão interagindo com o ambiente e “caçando Pokemons
Essa mistura de momentos de ensino e lazer, contribuem para a construção de significado por parte dos alunos, garantindo que o aprendizado esteja ocorrendo de fato.

 

3. Promover a integração entre os alunos

Essa última dica pode ser encarada como algo que as escolas já fazem.
Uma das funções da escola é a de ser um espaço onde os jovens aprendem a construir relações sociais. Com a introdução do jogo nos intervalos ou em momentos específicos das aulas, essa integração pode ser potencializada. As experiências e conquistas compartilhadas pelos estudantes dentro do Pokemon Go podem servir para derrubar barreiras até mesmo dos mais introvertidos. Isso pode diminuir a ocorrência dos casos de bullying, uma vez que os jovens de diferentes grupos estarão se ajudando dentro da realidade do game.
Outro fato interessante é o uso do aplicativo nos Estados Unidos para estimular e engajar estudantes com Autismo.
É importante ressaltar que o alinhamento das expectativas sobre os momentos em que os alunos estarão autorizados a brincar é fundamental para o sucesso dos projetos.
Com os alunos, professores e a escola cientes dos limites de cada parte, a experiência tende a ser a melhor possível.

 

Celular como aliado no processo de ensino e aprendizagem


Não é de hoje e, sem dúvidas, não é a chegada do Pokemon Go no Brasil que marca o aumento do uso de celulares pelos jovens.
Com o avanço das tecnologias móveis, boa parte dos alunos possui um smartphone. Mais de 50% da população brasileira já possui um aparelho desse tipo e, graças a esse desenvolvimento, também evoluímos bastante na tecnologia 3G.
Visto isso, os celulares tem um potencial enorme a ser explorado na educação.
Tais celulares têm a mesma capacidade de pesquisa e atividades que os computadores e, apesar de serem considerados os “vilões” que atrapalham as aulas, podem ser utilizados como um excelente instrumento apoiador do professor no processo de ensino. Existem inúmeras ferramentas educacionais gratuitas que podem ser utilizadas pelos professores em sala de aula – e o AppProva é um deles.
Essa mudança de estratégia por parte dos professores e das escolas ao adotar o celular e a tecnologia como aliados, representa um avanço, já que as abordagens anteriores estão perdendo eficácia com as mudanças cada vez mais frequentes em nossa sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário