O SINTE/RN solicitou e obteve direito de resposta no programa “Patrulha da Cidade” desta segunda-feira (21). Embora de forma incompleta e notadamente a contragosto, o texto enviado pelo Sindicato foi lido ao vivo por Cyro Robson, apresentador que atacou os trabalhadores em educação na semana passada.
No direito de resposta, o SINTE/RN rebateu as acusações infundadas do apresentador e repôs a verdade dos fatos. Assista AQUI.
O CASO
Durante o programa “Patrulha da Cidade” de 15 de fevereiro, exibido pela TV Ponta negra, Cyro Robson faltou com a verdade e usou de linguagem agressiva e rasteira ao afirmar que os professores passaram dois anos sem trabalhar, “Coçando o saco, os que têm, os que não têm tá coçando a xereca!”.
E foi além: “Eu vou esculhambar mesmo porque quem paga é a criançada que está em casa, desaprendendo a ler e escrever corretamente! O Governo do Estado disse que vai dar os 33,24%, mas de forma escalonada, ou seja, até dezembro. Qual é o problema? É porque vocês querem fazer greve como fazem todos os anos, mesmo com ou sem pandemia. Tá no calendário anual de vocês. É um calendário cultural de professor fazer greve todo início de ano. Ponto zero pra vocês”.
Indignados, os professores usaram as redes sociais para repudiar as agressões do apresentador. Vários profissionais da educação solicitaram medidas judiciais contra Ciro Robson:
Edmilson Gomes: O SINTE deve de fato agir pela via legal para que ele seja punido. A categoria toda foi desrespeita publicamente. Deve haver uma tratativa pública.
Carlos Eugênio: Processo nele! Tem que ensinar para ele que esse “programa de televisão” também não é terra sem lei!
Janise Lima: Manda ele fazer o que fizemos: comprar celular com memória boa, notebook, ter internet perfeita e ainda por cima ir na casa de cada criança que não tinha acesso às redes sociais para levar um pouco de conhecimento.
PEDIDO DE DESCULPAS
No dia seguinte, 16 de fevereiro, após a repercussão negativa, o apresentador Cyro Robson falou sobre o caso publicamente em seu programa. Admitindo estar errado, tentou se retratar, pedindo desculpas aos professores que “se sentiram ofendidos comigo ontem pelo que eu falei”.
No entanto, afirmou que alguns professores não trabalharam nos últimos dois anos porque “queriam duas doses de vacina, não foram (dar aula) e continuam dizendo que não vão”.
Usou como desculpa a “emoção” e “indignação” de ver crianças e adolescentes sem aula: “Falei, sai… A gente está aqui na emoção, com raiva do que tá acontecendo”, disse.
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