quinta-feira, 9 de abril de 2020

Em nota, SINTE se posiciona sobre a reorganização do planejamento curricular e as aulas virtuais



O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (SINTE/RN), por meio desta nota, vem a público afirmar a sua posição contrária a reorganização do planejamento curricular de 2020 antes do fim do isolamento social imposto pelas autoridades para conter a Covid-19.

A posição da entidade se fundamenta na observância de que os/as profissionais da Rede Estadual de Ensino estão em greve desde 05 de março de 2020. Seguem paralisados/as, apesar da pandemia do Coronavírus, para cobrar o pagamento da correção do Piso Salarial, o que se espera desde janeiro e até o presente momento não aconteceu. Além disso, diante da incerteza do momento e da possibilidade de ampliação do isolamento social, fazer qualquer planejamento é inadequado.

Sobre as aulas virtuais, a entidade se fundamenta na impossibilidade de que todos/as os/as estudantes tenham acesso a esse tipo de conteúdo. Isto porque muitos/as não dispõem de computador e/ou internet em casa, uma vez que a realidade social e econômica das famílias potiguares não é igualitária. Desse modo, a proposição de reposição de aulas por meio virtual é excludente tanto entre escolas, como dentro de uma mesma escola.

A determinação de reorganizar o planejamento curricular e a recomendação de ministrar aulas virtuais foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 05 de abril em instrução normativa divulgada pela Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC).

Assim, o SINTE considera a atitude arbitrária porque foi tomada sem nenhum debate com os/as trabalhadores/as em educação. Repudia a postura autoritária da SEEC e afirma que não foi sequer consultado acerca destas demandas.

Portanto, a orientação do Sindicato para os/as trabalhadores/as filiados/as e não filiados/as é a seguinte: não reorganizar seu calendário curricular até que o isolamento social seja encerrado e que as discussões referentes à greve sejam resolvidas.

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