segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Ministro da Educação defende Enem sem questões sobre ditadura

Pela primeira vez em dez anos, o tema não foi abordado na prova; segundo Weintraub, o objetivo do teste "não é polemizar"

       Para ministro, tema ditadura não é questão "pacificada"


O ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu sexta-feira (17) a ausência de questões sobre a ditadura militar no Brasil na última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pela primeira vez em dez anos, o tema não foi abordado na prova. Segundo o ministro, o objetivo do teste "não é polemizar" e a questão da ditadura não está "pacificada".


Questionado sobre a ausência do assunto no exame, o ministro citou Cuba e Venezuela. "Para mim, ditadura é isso, uma situação muito pesada. Como aqui no Brasil existe ainda uma coisa não pacificada de como foi o período do regime militar, e o objetivo do Enem não é polemizar, o banco examinador resolveu não colocar. Não é para ter questão polêmica."



No ano passado, a gestão Jair Bolsonaro criou uma comissão para inspecionar questões do Enem, com o objetivo de fazer varredura de conteúdos com "abordagens controversas" e "teor ofensivo". Foram barradas 66 perguntas do banco de itens do ministério, segundo balanço da própria pasta, mas o conteúdo dessas questões nunca foi revelado. Desde 2018, Bolsonaro tem criticado um suposto viés ideológico do teste.



FONTE: ESTADÃO

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