Por Brasil 247 - 12/07/2017
Após longas horas de protesto e resistência de
senadoras da oposição, que ocuparam a mesa da presidência do Senado
para impedir a votação da reforma trabalhista de Michel Temer, os
senadores aprovaram o texto-base da proposta por 50 votos a 26.
A proposta do governo Temer restringe direitos
históricos dos trabalhadores. Entre as medidas de maior destaques estão
o acordado entre empregados e empresários sobre o legislado, o que
deixa em segundo plano os direitos previstos na legislação.
Após a aprovação do texto-base, os
senadores passam a analisar destaques que podem alterar o conteúdo final
do texto, o que obrigaria que a matéria voltasse para a Câmara dos
Deputados.
A votação da proposta foi adiada por quase
sete horas devido ao protesto das senadoras pedindo alterações no texto.
O governo de Michel Temer não quer que a matéria seja alterada para
evitar que retorne à Câmara, que atualmente está às voltas com a análise
da denúncia de corrupção passiva contra o peemedebista.
Ex-líder do PMDB, agora integrante da
oposição, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) lembrou que o governo não
tem legitimidade para aprovar a reforma. “Muitas vezes a virtude está na
minoria. Foi o que aconteceu nesta noite”, disse.
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