domingo, 29 de julho de 2018

OPINIÃO: É PRECISO UM OLHAR DIFERENTE PARA A EDUCAÇÃO


Quanto mais se discutir educação, melhor. Porém é necessário que nos aprofundemos com mais afinco no fato de nos depararmos com alunos chegando aos 4ºs e 5ºs anos sem terem adquirido as competências básicas para suas idades perante o ano de escolaridade na qual se encontram. 
Se fizermos uma pesquisa nas salas de aulas das referidas séries, perceberemos através de pequenos diagnósticos, que existem vários alunos com idades não compatíveis com as séries em questão. Trocando em miúdos: estão fora de faixa. 
A pergunta que não quer calar é a seguinte: Qual é a escola que temos e qual é a que queremos? Faz-se necessário, portanto, construir de forma harmônica um projeto de gestão integrada que envolva toda a comunidade, que tenha como meta formar e dar ênfase a um modelo de escola que realmente proporcione ao educando uma cidadania plena.
Em recente experiência vivida como coordenador pedagógico, confirmei aquilo que já desconfiava enquanto professor polivalente, onde percebia que alguns alunos não logravam êxito em seus avanços educacionais por essa razão. Muitas vezes, vi companheiros de profissão creditando a culpa na promoção, realizada até o 3º ano, sem que os alunos sejam reprovados, pois o sistema avaliativo é feito através de relatórios, mudando apenas a partir do 4º ano, onde são aferidos os conhecimentos através de notas para aprovação. 

Mas, e agora, o que fazer com esses alunos que não adquiriram essas competências no tempo devido? Faze-las repetir a série até que os mesmos percam o interesse pelos estudos e partam para a marginalidade? Diante dessa problemática, tive a ousadia, de escrever um pouco sobre o tema. E fui me aprofundando, chegando a conclusão  de que é necessária  uma intervenção pedagógica nesse fluxo de aprendizagem. 
Diante disso, chegamos ao seguinte dilema: ou a escola se volta para essa problemática, ou estará contribuindo com a marginalização de muitos dos nossos educandos.
As motivações que desencadeiam esse drama são diversos e estão ligados a reprovação, abandono, ingresso tardio na escola e dificuldades de aprendizagem. Será que a escola poderá fazer sozinha essa correção? Acredito que não, pois, por trás de tudo isso, há variados  fatores que envolvem aspectos de cunho social, afetivo e cognitivo.Tenho convicção que é preciso estabelecer um esforço conjunto que envolva não somente as secretarias de educação mas também aquelas que lidam com a ação social e saúde visando a  (re)inserção desse aluno no ambiente escolar.

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