segunda-feira, 6 de julho de 2020

Volta às aulas de forma prematura vai expor trabalhadores em educação, estudantes e familiares

O Governo do Estado e a Prefeitura do Natal sinalizaram esta semana que podem liberar a retomada das aulas presenciais já no mês de agosto. Na avaliação do SINTE/RN, caso o retorno seja confirmado, trabalhadores em educação, estudantes e seus familiares estarão em risco, especialmente se não forem estabelecidas condições sanitárias ideais de enfrentamento à pandemia da Covid-19.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde apresentados nesta sexta-feira, 3 de julho, o RN já contabiliza 1.143 mortes em decorrência da Covid-19, com mais de 33.291 pessoas testando positivo para o novo Coronavírus e outras 52.201 pessoas sob suspeita de contaminação. Em Natal, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, até às 19h da quinta (02 de julho) a capital do Rio Grande do Norte registrava 464 mortes, 11.730 contaminados e 23.197 suspeitos de contaminação. No Brasil, 1.543.341 pessoas foram diagnosticadas e 63.254 já perderam a vida, de acordo com os números levantados pelo consórcio de imprensa em parceria com as secretarias de saúde.
A coordenadora geral do Sindicato, professora Fátima Cardoso, é contra o retorno das aulas em agosto. Ela aponta que as escolas públicas já enfrentam dificuldades em tempos considerados “normais”, vide a falta de professores/as, funcionários/as, auxiliares de sala; ausência de material pedagógico e de limpeza, de internet, água, energia e merenda. Assim, a retomada, enquanto não se tem um antídoto para o vírus, deve tornar esse cenário ainda mais difícil.
Por isso, observando esse cenário, o SINTE/RN considera que o retorno das aulas em agosto é prematuro, imprudente e poderá custar vidas. O Sindicato defende que a retomada presencial das escolas deve ser feita com cuidado e planejamento. Mas cobra que este planejamento tenha a participação do SINTE, dos alunos, pais e o conjunto da sociedade. Assim, a SEEC e a SME devem garantir condições de funcionamento para o retorno em relação a infraestrutura e materiais; devem também seguir recomendações dos Conselhos de Educação, nas esferas federal, estadual e municipal, adotando protocolos que garantam segurança para a comunidade escolar.
Entre as medidas que poderão ser adotadas na organização do espaço escolar, o SINTE chama atenção para o distanciamento mínimo de 1,5 m2 entre os estudantes em sala de aula; adequações de pias; melhorias nos banheiros; disponibilização de material de limpeza, como álcool gel e sabão; distribuição de máscaras; aferição de temperatura de servidores e estudante; e aumento no número de servidores da limpeza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário