ESTADO
DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DE
MIPIBU
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO
PEDAGÓGICA
PLANO
ANUAL DE ENSINO – 2018
JUSTIFICATIVA
Para começar, conceituaremos o termo Paz:
Paz
é geralmente definida como a ausência de guerra, um estado de calma ou
tranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação. Derivada do latim
Pacem. (Aurélio Virtual)
Baseamos nosso PLANO ANUAL no que
temos visto, ouvido e presenciado devido à ausência da paz. São diversas
formas de violência, que cresce a cada dia em casas, escolas, municípios, estados, países,enfim, no mundo.
Há um movimento mundial em prol da
divulgação e da disseminação da Paz. Existem contratos e tratados assinados por
líderes de todos os cantos do mundo no interesse de promover a Paz entre as
pessoas. Elaboram-se projetos de resgate das maiorias desprivilegiadas com a
intenção de oferecer as mesmas oportunidades de trabalho, estudo, saúde e lazer
para todos. Entretanto, apesar de todo esse esforço, vivenciamos também a frustração
de, ainda, não ter alcançado o objetivo desejado.
A construção da paz
começa a partir de uma atitude pessoal que pode se refletir depois em diversos
campos da vida, no meio ambiente, na sociedade, na saúde coletiva entre outros.
Essa discussão se fortalece a partir da crescente visão da interdependência
global e da responsabilidade universal pela construção de um novo mundo e
coloca este tema como uma das principais ações educativas, que promovem fontes
efetivas de paz no mundo.
Os jovens têm sido
hoje o maior alvo dos problemas sociais, políticos e ambientais que vem se
acumulando ultimamente. Ao mesmo tempo, são potenciais transformadores do meio,
podendo modificar comportamentos que provocam tanta guerra no mundo.
Existe um
movimento mundial denominado Cultura de Paz, que iniciou-se oficialmente pela
UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)
em 1999 e empenha-se em prevenir situações que possam ameaçar a paz e a
segurança – como o desrespeito aos direitos humanos, discriminação e
intolerância, exclusão social, pobreza extrema e degradação ambiental –
utilizando como principais ferramentas a conscientização, a educação e a
prevenção.
De acordo com a UNESCO, a Cultura de Paz “está intrinsecamente
relacionada à prevenção e à resolução não-violenta de conflitos” e
fundamenta-se nos princípios de tolerância, solidariedade, respeito à vida, aos
direitos individuais e ao pluralismo.
Segundo relatórios da
OMS (Organização Mundial da Saúde), a violência mata mais de 1,6 milhões de
pessoas no mundo a cada ano e outros milhões de pessoas são mutiladas. Os
índices de assassinato e violência doméstica têm crescido espantosamente em
várias partes do mundo. O Presidente da OMS, alerta para a necessidade de se
investir em educação para desenvolver uma compreensão diferente da violência,
pois muitas pessoas pensam que a violência é algo pessoal e não social, e
ignoram as consequências destes atos para a sociedade como um todo.
A proposta da Cultura
de Paz busca alternativas e soluções para estas questões que afligem a
humanidade como um todo. Não se foca na questão da violência, mas na paz como
um estado social de dignidade onde tudo possa ser preservado e respeitado. Esse
ponto é um dos grandes desafios da construção de uma cultura de paz.
De acordo com David Adams, (o Dr. Adams começou no programa Cultura de Paz da UNESCO, em 1994, aposentando-se em 2001) a cultura de paz tem como base oito pilares:
1. Educação para uma cultura de paz
2. Tolerância e solidariedade
3. Participação democrática
4. Fluxo de informações
5. Desarmamento
6. Direitos humanos
7. Desenvolvimento sustentável
8. Igualdade de gêneros
2. Tolerância e solidariedade
3. Participação democrática
4. Fluxo de informações
5. Desarmamento
6. Direitos humanos
7. Desenvolvimento sustentável
8. Igualdade de gêneros
É válido lembrar que
para construir uma sociedade mais humana, é fundamental que cada um comece por
si mesmo e faça sua parte por meio de uma mudança de atitudes, valores e
comportamentos que visem a construção de um mundo mais justo e melhor de se
viver.
Movimento Internacional por uma Cultura de Paz e
Não-violência
"O ano 2000 foi o ponto de partida para a grande mobilização, assim como foi o Ano Internacional para a Cultura de Paz. Foi neste momento que as Nações Unidas iniciou um movimento global para a cultura de paz criando uma “grande aliança” que unia todos os movimentos já existentes que já trabalhava em prol da cultura de paz nos 8 âmbitos de ação. Este movimento vem crescendo com a Década Internacional para a Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo (2001-2010)".
(Resolução das Nações Unidas).
Este movimento
representa uma oportunidade de participação que abre portas para que todos
juntos possam trabalhar as possibilidades de transformação de uma cultura
orientada pela desconfiança, competição e uso abusivo do poder em uma Cultura
de Paz, diálogo e responsabilidade compartilhada.
Cultura de Paz – Documentos Internacionais:
· Declaração de Durban –
Relatório da Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial,
Xenofobia e Intolerância Correlata, 2001
· Resolução ONU 58/11 – Década Internacional pela Cultura de Paz e
Não-violência para as Crianças do Mundo, 2001 – 2010, 2000
Algumas
organizações e movimentos que trabalham com essa temática:
AGÊNCIA CULTURA DE PAZ – A Cultura de Paz é uma Agência
de Comunicação focada na disseminação de conceitos, informações e estímulos às
boas práticas, à valorização do capital humano.
AMISRAEL – O Mensageiro da Paz — É uma organização não
governamental (ONG) com atuação internacional em prol da paz entre os povos e
nações. Congrega pessoas de todos os países, raças, religiões e credos que se
identificam com os ideais da AMISRAEL, dispostas a repudiar ao terrorismo e de
promover incondicionalmente a paz.
INSTITUTO PÓLIS – Convivência e Cultura de Paz –
As rodas de Convivência e Cultura de Paz são vivências participativas e
coletivas, que buscam identificar os principais desafios, experiências e
poéticas dos grupos de jovens dos Pontos de Cultura. Através destas atividades
serão identificados os conflitos e valores existentes, bem como formas e
espaços de resolução através do diálogo e da convivência. Tem como objetivo ser um pólo
formulador e irradiador de criação e de compartilhamento de conhecimentos,
práticas e políticas públicas de convivência e Cultura de Paz. Visa a
convivência plural entre diferentes culturas, incentivando a compreensão do
outro e de si mesmo.
a) Contribuir para a prevenção e o
combate à violência, através de programas e propostas metodológicas de educação
para a paz e a não-violência;
b) Promover o desenvolvimento da educação para a paz através de programas de qualificação de educadores na área da educação para a paz e a não-violência;
c) Cooperar com as autoridades e entidades governamentais para a instituição de políticas educacionais voltadas para a construção de uma cultura de paz;
d) Desenvolver estudos e pesquisas, na perspectiva da construção de uma cultura de paz ativa, em intercâmbio com instituições acadêmicas e de desenvolvimento social;
e) Promover os valores da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos e de outros valores universais, através de programas de formação e integração comunitários, envolvendo crianças, jovens e adultos.
b) Promover o desenvolvimento da educação para a paz através de programas de qualificação de educadores na área da educação para a paz e a não-violência;
c) Cooperar com as autoridades e entidades governamentais para a instituição de políticas educacionais voltadas para a construção de uma cultura de paz;
d) Desenvolver estudos e pesquisas, na perspectiva da construção de uma cultura de paz ativa, em intercâmbio com instituições acadêmicas e de desenvolvimento social;
e) Promover os valores da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos e de outros valores universais, através de programas de formação e integração comunitários, envolvendo crianças, jovens e adultos.
GENTE
QUE FAZ PAZ - O
Programa Gente que Faz a Paz foi criado com o objetivo de capacitar voluntários
e profissionais que atuam em projetos sociais, educacionais e ambientais para o
comprometimento e promoção da Cultura de Paz. Gente que Faz a Paz é o resultado
de diversas parcerias desenvolvidas entre a UNIPAZ (Universidade Internacional
da Paz), a associação Palas Athena, a URI (Iniciativa das Religiões Unidas), o
Viva Rio, o Afro Reggae e a UNESCO.
INSTITUTO SOU DA PAZ –
O Instituto Sou da Paz é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público) que trabalha pela prevenção da violência no Brasil, procurando
influenciar políticas públicas nessa área. A missão do Instituto Sou da Paz é
contribuir para a efetivação no Brasil de políticas públicas de segurança e
prevenção da violência que sejam eficazes e pautadas pelos valores da
democracia, da justiça social e dos direitos humanos, por meio da mobilização
da sociedade e do Estado e da implementação e difusão de práticas inovadoras
nessa área.
MOVIMENTO
CULTURA DE PAZ (BA)
– O Movimento Cultura de Paz (MCPAZ) é uma rede de integração de coletivos,
grupos, ong’s, movimentos, energias e seres na biorregião de Salvador alinhados
com a cultura de paz, a formação integral do ser humano e a cura planetária.
UNIPAZ – A Rede Internacional UNIPAZ é
composta por diversas unidades e foi criada para disseminar uma Cultura de Paz,
promovendo a inteireza do ser a partir do paradigma transdisciplinar e
holístico. Objetiva construir pontes sobre todas as fronteiras, contribuindo
para a formação de uma nova consciência.
VITAE CIVILIS - Instituto para o Desenvolvimento,
Meio Ambiente e Paz é uma ONG, que tem como objetivo contribuir para a
construção de sociedades sustentáveis, ou seja, sociedades que conciliam o
desenvolvimento humano, em todas as suas dimensões (econômica, cultural,
social, etc.), associado à conservação ambiental, tendo democracia e justiça
social como base.
Tem como missão “Promover o
desenvolvimento sustentável por meio de apoio a elaboração e implementação
participativa de políticas públicas integradas; gerar e disseminar conhecimento
e práticas nas áreas de clima, energia, águas e de serviços ambientais; e
fortalecer organizações e iniciativas de sociedade civil em tais áreas”.
VIVA
RIO – O Viva Rio
é uma organização não-governamental, com sede no Rio de Janeiro, engajada no
trabalho de campo, na pesquisa e na formulação de políticas públicas com o
objetivo de promover a cultura de paz e o desenvolvimento social.
ZERO
A SEIS –
Instituto Primeira Infância e Cultura de Paz – É uma Organização que tem por
missão “produzir e disseminar conhecimento científico relacionado à primeira
infância – do período gestacional aos 6 anos – como instrumento de promoção da
cultura de paz.
FONTES:
OBJETIVOS
1. Inserir
os alunos em um universo letrado, melhorando a qualidade da Educação da Rede
Pública Municipal.
2.
Fazer uma educação que fomente e
desperte o espírito crítico do educando, a sua capacidade de argumentar, o seu
espírito científico na busca de respostas aos seus questionamentos;
3.
Promover integralmente o educando no
nível do seu amadurecimento, respeitando o ritmo próprio de cada um e os
distintos graus de desenvolvimento;
4.
Formar educandos para a diversidade
sociocultural, práticas solidárias e comprometidos com a preservação do meio
ambiente;
5.
Capacitar os educandos na utilização da
tecnologia para melhoria da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente;
6.
Promover a inserção dos educandos no
processo político e no desenvolvimento social.
7. Despertar
nos educandos sentimentos e atitudes em busca da paz.
Este
ano de 2018, temos a nova BASE NACIONAL
CURRICULAR COMUM – BNCC, que norteará os rumos da educação brasileira. Para
a EDUCAÇÃO INFANTIL a BNCC, traz osseguintes DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO:
• Conviver com outras crianças e adultos,
em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o
conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças
entre as pessoas.
• Brincar cotidianamente de diversas
formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e
adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus
conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais,
corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
• Participar ativamente, com adultos e
outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades
propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana,
tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes,
desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se
posicionando.
• Explorar movimentos, gestos, sons,
formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos,
histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando
seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a
escrita, a ciência e a tecnologia.
• Expressar, como sujeito dialógico,
criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas,
hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes
linguagens.
• Conhecer-se e construir sua identidade
pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus
grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações,
brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto
familiar e comunitário
OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS
Considerando
que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças
têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, assegurando-lhes os
direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se,
a organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em cinco
campos de experiências,
no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento. Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que
acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças
e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural.
A
definição e a denominação dos campos de experiências também se baseiam no que
dispõem as DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - DCNEI
em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser propiciados às
crianças e associados às suas experiências.
Considerando esses saberes e conhecimentos, os CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS em que se organiza a BNCC são:
Considerando esses saberes e conhecimentos, os CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS em que se organiza a BNCC são:
O eu, o outro e o nós – É
na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um
modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros
modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem
suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na
coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os
outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres
individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de
cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado,
de reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação
Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato
com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes
atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes,
celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de
perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros
e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.
Corpo, gestos e movimentos –
Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou
intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o
mundo, o espaço e os
objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem
conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural,
tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das
diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz
de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo,
emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de
seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e
seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro
e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o
corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das
práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a
liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa
promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo
espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo
repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para
descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais como
sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em
berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar
cambalhotas, alongar-se etc.).
Traços, sons, cores e formas –
Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas,
locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às
crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de
expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem,
fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras.
Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando
suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria
(coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações,
canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos
tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as
crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos
outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa
promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção,
manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da
sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo
que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potencializem
suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e
vivências artísticas.
Escuta, fala, pensamento e imaginação –
Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas
cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de
interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal,
o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a
interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e
enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão,
apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo
privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover
experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação
na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas,
nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas
implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente
como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
Desde
cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e
acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no
contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de
língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros,
suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve
partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer.
As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador
entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela
leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além
disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia
a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação
entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas
corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as
crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam,
inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em
escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da
escrita como sistema de representação da língua.
Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações – As crianças vivem inseridas em espaços e
tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e
socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos
espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã
etc.). Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo,
os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da
natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua
manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais
entre as pessoas que conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas;
quais suas tradições e seus costumes; a diversidade entre elas etc.). Além
disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam,
frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, ordenação, relações
entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos,
avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e
reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a
curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas
quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e
explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para
buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição
escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus
conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu
cotidiano.
DESENVOLVIMENTO
O
trabalho a ser desenvolvido nos CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL e
Escolas do Município de São José de Mipibu/RN durante o ano letivo de 2018
deverá contemplar os seguintes CAMPOS DE EXPERIÊNCIA:
O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
As situações de aprendizagem deverão ser organizadas através de atividades permanentes, projetos e outras atividades que contemplem as necessidades educacionais, levando em consideração a literatura para o desenvolvimento das diversas áreas. O educador deverá atentar-se às descobertas de aprendizagem das crianças para propiciar em todo processo a formação integral das mesmas.A criança necessita de um clima seguro, que a possibilite cada vez mais autonomia. Nesse contexto, irá sentir-se motivada frente a novos desafios, para desenvolver-se integralmente.
O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
As situações de aprendizagem deverão ser organizadas através de atividades permanentes, projetos e outras atividades que contemplem as necessidades educacionais, levando em consideração a literatura para o desenvolvimento das diversas áreas. O educador deverá atentar-se às descobertas de aprendizagem das crianças para propiciar em todo processo a formação integral das mesmas.A criança necessita de um clima seguro, que a possibilite cada vez mais autonomia. Nesse contexto, irá sentir-se motivada frente a novos desafios, para desenvolver-se integralmente.
O
Ensino Fundamental no contexto da Educação Básica
O Ensino Fundamental, com
nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo
estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao
longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos
físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como já
indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de
Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010) 28,
essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de
escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não
somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do
Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais.
A
BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem,
aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na
Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva
sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de
novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular
hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar
conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.
28 BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de dezembro de 2010, Seção 1, p. 34. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2017. Página 55
Ao longo do Ensino Fundamental - Anos Finais, os estudantes se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo devido à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é importante, nos vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes. Pág. 58
DESENVOLVIMENTO
O trabalho a ser desenvolvido com as turmas de 1º ao 9º ano, do Município de São José de Mipibu/RN durante o ano letivo de 2018 deverá contemplar as seguintes áreas e disciplinas, dispostas na BNCC:
LINGUAGENS: língua portuguesa, arte e educação física; MATEMÁTICA: matemática; CIÊNCIAS DA NATUREZA: ciências; CIÊNCIAS HUMANAS: história, geografia e ENSINO RELIGIOSO: ensino religioso.
As situações de aprendizagem serão organizadas através de atividades permanentes, projetos e outras atividades que contemplem as necessidades educacionais, levando em consideração a literatura para o desenvolvimento das diversas áreas. O educador deverá atentar-se às descobertas de aprendizagem dos alunos para propiciar em todo processo a formação integral das mesmas.O aluno necessita de um clima seguro, que o possibilite cada vez mais autonomia. Neste contexto irá sentir-se motivado frente a novos desafios, para desenvolver-se integralmente.
Sugerimos
a seguinte proposta para ser planejada e desenvolvida durante o ano letivo:
TEMA
ANUAL: POR UMA CULTURA DE PAZ!
1º
bimestre: Subtema: Paz na minha família
2º
bimestre: Subtema: Paz na minha Escola
3º
bimestre: Subtema: Paz no meu País
4º
bimestre: Subtema: Paz no Mundo
Todos os níveis
trabalharão o tema de acordo com sua especificidade, explorando aspectos e
características próprias de cada subtema proposto, perpassando os conteúdos
pertinentes a cada nível, enfatizando a leitura e a literatura da área e áreas
afins.
Assuntos:
honestidade,
respeito, amor, solidariedade, justiça, união, humildade, cooperação,
igualdade, tolerância, dentre outros valores. Direitos humanos; discriminação;
intolerância; exclusão social; pobreza extrema; degradação ambiental; respeito
à vida e ao pluralismo; violação dos direitos fundamentais; definição do conceito de violência; a violência na história do
Brasil; constatação da cultura da negação do outro (fenômenos: individualismos,
não abertura a alteridade; criação ideológica de necessidades e felicidade,
enfraquecimento dos projetos de vida, cultura do descarte); economia/ mercado;
acumulação do capital; consumo; desigualdade e violência promovida pela lógica
do mercado; drogas; processo de criminalização institucional (negligência do
Estado em relação às políticas sociais; justiça punitiva); sujeitos
violentados: juventude pobre e negra; povos indígenas, mulheres (feminicídio);
exploração do trabalho infantil; exploração sexual e tráfico humano, mundo do
trabalho; Violência no contexto urbano e rural (conflito pela terra);
Intolerância (raça, gênero e religião); violência verbal; violência no
trânsito; violência doméstica; violência física.
COMPETÊNCIAS
“Na BNCC, competência
é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos),
habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania
e do mundo do trabalho.Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a
“educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a
transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e,
também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013), mostrando-se
também alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)”. (BNCC,
p. 8)
“Ao adotar
esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas
para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os
alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos,
habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer”
(considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício
da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece
referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens
essenciais definidas na BNCC”. (BNCC, P.11)
SUGESTÕES PARA
PROJETOS LITERÁRIOS
BIMESTRE
|
SUBTEMA DO PLANO
|
GÊNERO
|
REFERÊNCIA
|
1º
Bimestre
|
PAZ na minha
FAMÍLIA
|
*Textos de organização do dia a dia
*Contos de fadas
*Fábulas
|
*Quadro de rotina, agenda, chamada, calendário...
*obras literárias
|
2º
Bimestre
|
PAZ na minha
ESCOLA
|
*Poemas
*Músicas
|
*Poemas e Músicas sobre paz
|
3°
Bimestre
|
PAZ no meu
PAÍS
|
*Textos científicos
*Parlendas, quadras e trava-línguas
|
* indicados no plano anual e outros
*Brincadeiras de antigamente
|
4º
Bimestre
|
PAZ no MUNDO
|
*Correspondências
*Narrativas
|
*Cartas, bilhetes, e-mail, avisos, vídeos...
Textos orais e escritos
|
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