sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

PLANO ANUAL DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU



ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
PLANO ANUAL DE ENSINO – 2018





JUSTIFICATIVA




Para começar, conceituaremos o termo Paz:

Paz é geralmente definida como a ausência de guerra, um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações ou agitação. Derivada do latim Pacem. (Aurélio Virtual)

Baseamos nosso PLANO ANUAL no que temos visto, ouvido e presenciado devido à ausência da paz. São diversas formas de violência, que cresce a cada dia em casas, escolas, municípios, estados, países,enfim, no mundo.

Há um movimento mundial em prol da divulgação e da disseminação da Paz. Existem contratos e tratados assinados por líderes de todos os cantos do mundo no interesse de promover a Paz entre as pessoas. Elaboram-se projetos de resgate das maiorias desprivilegiadas com a intenção de oferecer as mesmas oportunidades de trabalho, estudo, saúde e lazer para todos. Entretanto, apesar de todo esse esforço, vivenciamos também a frustração de, ainda, não ter alcançado o objetivo desejado.

A construção da paz começa a partir de uma atitude pessoal que pode se refletir depois em diversos campos da vida, no meio ambiente, na sociedade, na saúde coletiva entre outros. Essa discussão se fortalece a partir da crescente visão da interdependência global e da responsabilidade universal pela construção de um novo mundo e coloca este tema como uma das principais ações educativas, que promovem fontes efetivas de paz no mundo.

Os jovens têm sido hoje o maior alvo dos problemas sociais, políticos e ambientais que vem se acumulando ultimamente. Ao mesmo tempo, são potenciais transformadores do meio, podendo modificar comportamentos que provocam tanta guerra no mundo.

Existe um movimento mundial denominado Cultura de Paz, que iniciou-se oficialmente pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1999 e empenha-se em prevenir situações que possam ameaçar a paz e a segurança – como o desrespeito aos direitos humanos, discriminação e intolerância, exclusão social, pobreza extrema e degradação ambiental – utilizando como principais ferramentas a conscientização, a educação e a prevenção.

De acordo com a UNESCO, a Cultura de Paz “está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não-violenta de conflitos” e fundamenta-se nos princípios de tolerância, solidariedade, respeito à vida, aos direitos individuais e ao pluralismo.

Segundo relatórios da OMS (Organização Mundial da Saúde), a violência mata mais de 1,6 milhões de pessoas no mundo a cada ano e outros milhões de pessoas são mutiladas. Os índices de assassinato e violência doméstica têm crescido espantosamente em várias partes do mundo. O Presidente da OMS, alerta para a necessidade de se investir em educação para desenvolver uma compreensão diferente da violência, pois muitas pessoas pensam que a violência é algo pessoal e não social, e ignoram as consequências destes atos para a sociedade como um todo.

A proposta da Cultura de Paz busca alternativas e soluções para estas questões que afligem a humanidade como um todo. Não se foca na questão da violência, mas na paz como um estado social de dignidade onde tudo possa ser preservado e respeitado. Esse ponto é um dos grandes desafios da construção de uma cultura de paz.

De acordo com David Adams, (o Dr. Adams começou no programa Cultura de Paz da UNESCO, em 1994, aposentando-se em 2001) a cultura de paz tem como base oito pilares:

1. Educação para uma cultura de paz
2. Tolerância e solidariedade
3. Participação democrática
4. Fluxo de informações
5. Desarmamento
6. Direitos humanos
7. Desenvolvimento sustentável
8. Igualdade de gêneros


É válido lembrar que para construir uma sociedade mais humana, é fundamental que cada um comece por si mesmo e faça sua parte por meio de uma mudança de atitudes, valores e comportamentos que visem a construção de um mundo mais justo e melhor de se viver.

Movimento Internacional por uma Cultura de Paz e Não-violência

"O ano 2000 foi o ponto de partida para a grande mobilização, assim como foi o Ano Internacional para a Cultura de Paz. Foi neste momento que as Nações Unidas iniciou um movimento global para a cultura de paz criando uma “grande aliança” que unia todos os movimentos já existentes que já trabalhava em prol da cultura de paz nos 8 âmbitos de ação. Este movimento vem crescendo com a Década Internacional para a Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo (2001-2010)".

(Resolução das Nações Unidas).

Este movimento representa uma oportunidade de participação que abre portas para que todos juntos possam trabalhar as possibilidades de transformação de uma cultura orientada pela desconfiança, competição e uso abusivo do poder em uma Cultura de Paz, diálogo e responsabilidade compartilhada.

Cultura de Paz – Documentos Internacionais:

·        Carta das Nações Unidas, 1945
·    Declaração de Durban – Relatório da Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, 2001
·        Declaração Sobre Paz na Mente dos Homens, Yamoussoukro, 1989
·        Declaração Universal dos Direitos dos Animais, Bruxelas, 1978
·        Manifesto 2000 – Unesco, 2000
·        Manifesto Russell-Einstein, 1955
Algumas organizações e movimentos que trabalham com essa temática:

AGÊNCIA CULTURA DE PAZ – A Cultura de Paz é uma Agência de Comunicação focada na disseminação de conceitos, informações e estímulos às boas práticas, à valorização do capital humano.

AMISRAEL – O Mensageiro da Paz — É uma organização não governamental (ONG) com atuação internacional em prol da paz entre os povos e nações. Congrega pessoas de todos os países, raças, religiões e credos que se identificam com os ideais da AMISRAEL, dispostas a repudiar ao terrorismo e de promover incondicionalmente a paz.

INSTITUTO PÓLIS – Convivência e Cultura de Paz – As rodas de Convivência e Cultura de Paz são vivências participativas e coletivas, que buscam identificar os principais desafios, experiências e poéticas dos grupos de jovens dos Pontos de Cultura. Através destas atividades serão identificados os conflitos e valores existentes, bem como formas e espaços de resolução através do diálogo e da convivência. Tem como objetivo ser um pólo formulador e irradiador de criação e de compartilhamento de conhecimentos, práticas e políticas públicas de convivência e Cultura de Paz. Visa a convivência plural entre diferentes culturas, incentivando a compreensão do outro e de si mesmo.

EDUCADORES PARA A PAZ – É uma ONG de Porto Alegre que visa:

a) Contribuir para a prevenção e o combate à violência, através de programas e propostas metodológicas de educação para a paz e a não-violência;

b) Promover o desenvolvimento da educação para a paz através de programas de qualificação de educadores na área da educação para a paz e a não-violência;


c) Cooperar com as autoridades e entidades governamentais para a instituição de políticas educacionais voltadas para a construção de uma cultura de paz;


d) Desenvolver estudos e pesquisas, na perspectiva da construção de uma cultura de paz ativa, em intercâmbio com instituições acadêmicas e de desenvolvimento social;


e) Promover os valores da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos e de outros valores universais, através de programas de formação e integração comunitários, envolvendo crianças, jovens e adultos.


GENTE QUE FAZ PAZ - O Programa Gente que Faz a Paz foi criado com o objetivo de capacitar voluntários e profissionais que atuam em projetos sociais, educacionais e ambientais para o comprometimento e promoção da Cultura de Paz. Gente que Faz a Paz é o resultado de diversas parcerias desenvolvidas entre a UNIPAZ (Universidade Internacional da Paz), a associação Palas Athena, a URI (Iniciativa das Religiões Unidas), o Viva Rio, o Afro Reggae e a UNESCO.

INSTITUTO SOU DA PAZ – O Instituto Sou da Paz é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que trabalha pela prevenção da violência no Brasil, procurando influenciar políticas públicas nessa área. A missão do Instituto Sou da Paz é contribuir para a efetivação no Brasil de políticas públicas de segurança e prevenção da violência que sejam eficazes e pautadas pelos valores da democracia, da justiça social e dos direitos humanos, por meio da mobilização da sociedade e do Estado e da implementação e difusão de práticas inovadoras nessa área.

MOVIMENTO CULTURA DE PAZ (BA) – O Movimento Cultura de Paz (MCPAZ) é uma rede de integração de coletivos, grupos, ong’s, movimentos, energias e seres na biorregião de Salvador alinhados com a cultura de paz, a formação integral do ser humano e a cura planetária.

UNIPAZ – A Rede Internacional UNIPAZ é composta por diversas unidades e foi criada para disseminar uma Cultura de Paz, promovendo a inteireza do ser a partir do paradigma transdisciplinar e holístico. Objetiva construir pontes sobre todas as fronteiras, contribuindo para a formação de uma nova consciência.

VITAE CIVILIS - Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz é uma ONG, que tem como objetivo contribuir para a construção de sociedades sustentáveis, ou seja, sociedades que conciliam o desenvolvimento humano, em todas as suas dimensões (econômica, cultural, social, etc.), associado à conservação ambiental, tendo democracia e justiça social como base.
Tem como missão “Promover o desenvolvimento sustentável por meio de apoio a elaboração e implementação participativa de políticas públicas integradas; gerar e disseminar conhecimento e práticas nas áreas de clima, energia, águas e de serviços ambientais; e fortalecer organizações e iniciativas de sociedade civil em tais áreas”.

VIVA RIO – O Viva Rio é uma organização não-governamental, com sede no Rio de Janeiro, engajada no trabalho de campo, na pesquisa e na formulação de políticas públicas com o objetivo de promover a cultura de paz e o desenvolvimento social.

ZERO A SEIS – Instituto Primeira Infância e Cultura de Paz – É uma Organização que tem por missão “produzir e disseminar conhecimento científico relacionado à primeira infância – do período gestacional aos 6 anos – como instrumento de promoção da cultura de paz.

FONTES:
OBJETIVOS

1.     Inserir os alunos em um universo letrado, melhorando a qualidade da Educação da Rede Pública Municipal.

2.     Fazer uma educação que fomente e desperte o espírito crítico do educando, a sua capacidade de argumentar, o seu espírito científico na busca de respostas aos seus questionamentos;

3.     Promover integralmente o educando no nível do seu amadurecimento, respeitando o ritmo próprio de cada um e os distintos graus de desenvolvimento;

4.     Formar educandos para a diversidade sociocultural, práticas solidárias e comprometidos com a preservação do meio ambiente;

5.     Capacitar os educandos na utilização da tecnologia para melhoria da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente;

6.     Promover a inserção dos educandos no processo político e no desenvolvimento social. 

7.     Despertar nos educandos sentimentos e atitudes em busca da paz.

Este ano de 2018, temos a nova BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM – BNCC, que norteará os rumos da educação brasileira. Para a EDUCAÇÃO INFANTIL a BNCC, traz osseguintes DIREITOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO:

Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.

Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.

Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.

Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário

OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS

Considerando que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e a brincadeira, assegurando-lhes os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se, a organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em cinco campos  de      experiências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural.
A definição e a denominação dos campos de experiências também se baseiam no que dispõem as DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL - DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser propiciados às crianças e associados às suas experiências. 

Considerando esses saberes e conhecimentos, os CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS em que se organiza a BNCC são:

O eu, o outro e o nós – É na interação com os pares e com adultos que as crianças vão constituindo um modo próprio de agir, sentir e pensar e vão descobrindo que existem outros modos de vida, pessoas diferentes, com outros pontos de vista. Conforme vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e sociais. Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. Por sua vez, na Educação Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoais e do grupo, costumes, celebrações e narrativas. Nessas experiências, elas podem ampliar o modo de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua identidade, respeitar os outros e reconhecer as diferenças que nos constituem como seres humanos.

Corpo, gestos e movimentos – Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).

Traços, sons, cores e formas – Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos. Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as crianças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pessoal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, permanentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.

Escuta, fala, pensamento e imaginação – Desde o nascimento, as crianças participam de situações comunicativas cotidianas com as pessoas com as quais interagem. As primeiras formas de interação do bebê são os movimentos do seu corpo, o olhar, a postura corporal, o sorriso, o choro e outros recursos vocais, que ganham sentido com a interpretação do outro. Progressivamente, as crianças vão ampliando e enriquecendo seu vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão, apropriando-se da língua materna – que se torna, pouco a pouco, seu veículo privilegiado de interação. Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação da língua.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações – As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.). Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conhecimentos matemáticos (contagem, ordenação, relações entre quantidades, dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avaliação de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano.

DESENVOLVIMENTO
O trabalho a ser desenvolvido nos CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL e Escolas do Município de São José de Mipibu/RN durante o ano letivo de 2018 deverá contemplar os seguintes CAMPOS DE EXPERIÊNCIA: 

O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. 

As situações de aprendizagem deverão ser organizadas através de atividades permanentes, projetos e outras atividades que contemplem as necessidades educacionais, levando em consideração a literatura para o desenvolvimento das diversas áreas. O educador deverá atentar-se às descobertas de aprendizagem das crianças para propiciar em todo processo a formação integral das mesmas.A criança necessita de um clima seguro, que a possibilite cada vez mais autonomia. Nesse contexto, irá sentir-se motivada frente a novos desafios, para desenvolver-se integralmente.

O Ensino Fundamental no contexto da Educação Básica

O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, entre outros. Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010) 28, essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais.

A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.

28 BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Resolução nº 7, de 14 de dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de dezembro de 2010, Seção 1, p. 34. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2017. Página 55


Ao longo do Ensino Fundamental - Anos  Finais, os estudantes se deparam com desafios de maior complexidade, sobretudo devido à necessidade de se apropriarem das diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas. Tendo em vista essa maior especialização, é importante, nos vários componentes curriculares, retomar e ressignificar as aprendizagens do Ensino Fundamental – Anos Iniciais no contexto das diferentes áreas, visando ao aprofundamento e à ampliação de repertórios dos estudantes. Pág. 58

DESENVOLVIMENTO

O trabalho a ser desenvolvido com as turmas de 1º ao 9º ano, do Município de São José de Mipibu/RN durante o ano letivo de 2018 deverá contemplar as seguintes áreas e disciplinas, dispostas na BNCC:

LINGUAGENS: língua portuguesa, arte e educação física; MATEMÁTICA: matemática; CIÊNCIAS DA NATUREZA: ciências; CIÊNCIAS HUMANAS: história, geografia e ENSINO RELIGIOSO: ensino religioso.

 As situações de aprendizagem serão organizadas através de atividades permanentes, projetos e outras atividades que contemplem as necessidades educacionais, levando em consideração a literatura para o desenvolvimento das diversas áreas. O educador deverá atentar-se às descobertas de aprendizagem dos alunos para propiciar em todo processo a formação integral das mesmas.O aluno necessita de um clima seguro, que o possibilite cada vez mais autonomia. Neste contexto irá sentir-se motivado frente a novos desafios, para desenvolver-se integralmente.
Sugerimos a seguinte proposta para ser planejada e desenvolvida durante o ano letivo:
         
TEMA ANUAL: POR UMA CULTURA DE PAZ!

1º bimestre: Subtema: Paz na minha família

2º bimestre: Subtema: Paz na minha Escola

3º bimestre: Subtema: Paz no meu País

4º bimestre: Subtema: Paz no Mundo

Todos os níveis trabalharão o tema de acordo com sua especificidade, explorando aspectos e características próprias de cada subtema proposto, perpassando os conteúdos pertinentes a cada nível, enfatizando a leitura e a literatura da área e áreas afins.
Assuntos: honestidade, respeito, amor, solidariedade, justiça, união, humildade, cooperação, igualdade, tolerância, dentre outros valores. Direitos humanos; discriminação; intolerância; exclusão social; pobreza extrema; degradação ambiental; respeito à vida e ao pluralismo; violação dos direitos fundamentais; definição do conceito de violência; a violência na história do Brasil; constatação da cultura da negação do outro (fenômenos: individualismos, não abertura a alteridade; criação ideológica de necessidades e felicidade, enfraquecimento dos projetos de vida, cultura do descarte); economia/ mercado; acumulação do capital; consumo; desigualdade e violência promovida pela lógica do mercado; drogas; processo de criminalização institucional (negligência do Estado em relação às políticas sociais; justiça punitiva); sujeitos violentados: juventude pobre e negra; povos indígenas, mulheres (feminicídio); exploração do trabalho infantil; exploração sexual e tráfico humano, mundo do trabalho; Violência no contexto urbano e rural (conflito pela terra); Intolerância (raça, gênero e religião); violência verbal; violência no trânsito; violência doméstica; violência física.

COMPETÊNCIAS

“Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.Ao definir essas competências, a BNCC reconhece que a “educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana, socialmente justa e, também, voltada para a preservação da natureza” (BRASIL, 2013), mostrando-se também alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)”. (BNCC, p. 8)
“Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC”. (BNCC, P.11)
           

SUGESTÕES PARA PROJETOS LITERÁRIOS

BIMESTRE
SUBTEMA DO PLANO
GÊNERO
REFERÊNCIA
Bimestre
PAZ na minha
FAMÍLIA
*Textos de organização do dia a dia
*Contos de fadas
*Fábulas
*Quadro de rotina, agenda, chamada, calendário...
*obras literárias
Bimestre
PAZ na minha
ESCOLA
*Poemas
*Músicas
*Poemas e Músicas sobre paz
Bimestre
PAZ no meu
PAÍS
*Textos científicos
*Parlendas, quadras e trava-línguas
* indicados no plano anual e outros
*Brincadeiras de antigamente
Bimestre
PAZ no MUNDO
*Correspondências
*Narrativas

*Cartas, bilhetes, e-mail, avisos, vídeos...
Textos orais e escritos


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