segunda-feira, 14 de julho de 2025

Com 59,2% de crianças alfabetizadas em 2024, Brasil não atinge meta

 

Camilo Santana: Chuvas no Rio Grande do Sul impediram alcance da meta nacional

Texto: Daniella Almeida – Repórter da Agência Brasil

O Brasil registrou 59,2% de crianças alfabetizadas até o fim do 2º ano do ensino fundamental na rede pública, conforme o padrão nacional de alfabetização.

O indicador ficou abaixo da meta estabelecida pelo governo federal, por meio do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que era chegar a pelo menos 60% dos estudantes alfabetizados nesta etapa de ensino, em 2024.

O número foi apresentado nesta sexta-feira (11), pelo Ministério da Educação (MEC), e é resultado das avaliações aplicadas pelos estados entre outubro e novembro do ano passado.

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em abril e maio de 2024 foram responsáveis pela forte queda do índice de alfabetização no estado e, consequentemente, rebaixaram a média nacional, impedindo o alcance da meta.

"O Rio Grande do Sul caiu absurdamente. Se o Rio Grande do Sul tivesse, pelo menos, mantido o percentual de 2023, nós teríamos chegado à meta de 60,2%, em 2024, se não fosse a situação atípica de calamidade no estado. Isso afetou fortemente [o resultado]”, disse Camilo Santana.

Em 2024, o número de crianças alfabetizadas no estado caiu de 63,4% para 44,7%. De acordo com o ministro, a situação atípica, quando as crianças não tinham condições de ir à escola, tem sido reparada com esforço conjunto dos governos federal, estadual e dos municípios. “A queda foi muito grande: 20%. A gente espera que se restabeleça e [a situação] volte aos padrões anteriores.”

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, considera alfabetizados os estudantes capazes de ler pequenos textos; compreender informações básicas e tirar conclusões, inclusive de materiais visuais, como de tirinhas e histórias em quadrinhos; e escrever textos simples, como convites ou bilhetes, mesmo com alguns erros ortográficos.

Resultados

Ao todo, 2 milhões de alunos de 42 mil escolas, em 5.450 municípios, participaram do estudo, a partir das avaliações estaduais.

Dos 5.312 municípios com resultados que puderam ser comparados em 2023 e 2024, 3.096 municípios (58%) aumentaram o percentual de alunos alfabetizados. E 2.018 municípios (53%) alcançaram a meta.

Das 26 unidades da federação, 11 atingiram a meta projetada para 2024. Apenas o estado de Roraima não participou do levantamento em 2024.

O estado com melhor percentual de alfabetização em 2024 foi o Ceará, que chegou a 85,3%, acima da meta de 80% estabelecida para 2030 pelo Compromisso Nacional Criança Alfabetizada do MEC.

Alcançaram de 70% a 80% de estudantes alfabetizados os seguintes estados:

  • Goiás, com 72,7%,
  • Minas Gerais, com 72,1%,
  • Espírito Santo, com 71,7%,
  • Paraná, com 70,4%.

Oito estados têm menos da metade das crianças alfabetizadas:

  • Amazonas, com 49,2%;
  • Alagoas, com 48,6%;
  • Pará, com 48,2%;
  • Amapá, com 46,6%,
  • Rio Grande do Sul, com 44,7%,
  • Rio Grande do Norte, com 39,3%,
  • Sergipe, com 38,4%,
  • Bahia, com 36%.

Recuperação

Camilo Santana disse que o MEC tem focado os trabalhos em localidades com os menores índices de alfabetização para que avancem nesse ponto. “São territórios prioritários [em] que já estamos mais presentes. Nas escolas, todo diálogo tem que estar ocorrendo constantemente. E agora estamos com uma projeção mais forte do ministério para se aprofundar nos antigos problemas e [para] a gente poder avançar.”

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, destacou que cada um desses estados tem características e complexidades próprias, que estão sendo monitoradas de perto pelo MEC para melhorar os indicadores da alfabetização. Em alguns casos, além do trabalho semanal virtual, técnicos do ministério têm feito visitas aos municípios, por exemplo, do Amazonas e da Bahia.

“Temos a lista dos municípios prioritários por estado e a lista das escolas prioritárias, e eles [secretários de Educação] estão fazendo um trabalho dedicado em cada uma dessas regionais [de ensino]”, Kátia Schweickardt.

Segundo a secretária, o apoio federal aos estados e municípios tem sido dado desde o momento em que foram detectados os baixos índices de alfabetização.  “Precisaríamos crescer 4 pontos percentuais para 2025. Agora, estamos trabalhando com 5%, no Brasil. E vai conseguir porque nós já estamos muito atentos e mobilizados”, acrescentou. 

Compromisso 

O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi firmado pelo MEC com os 26 estados, mais o Distrito Federal. A iniciativa estabeleceu como meta nacional para 2030 que mais de 80% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas no fim do 2º ano do ensino fundamental.

As metas intermediárias são: 64%, em 2025; 67%, em 2026; 71%, em 2027; 74%, em 2028; e 77%, em 2029.

De acordo com o MEC, também é prioridade a recuperação da aprendizagem das crianças do 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental afetadas pela pandemia da covid-19. 

“A educação precisa estar acima de qualquer questão político-partidária neste país, precisa ser uma política de Estado, não de governo, porque o governo passa em quatro anos. A política de Estado permanece”, afirmou o ministro Camilo Santana. 

Educadores do Brasil criticam Trump e defendem multilateralismo global

Educadores brasileiros repudiam atitudes de Donald Trump e defendem o multilateralismo no comércio e governança globais

O Brasil se colocou atônito diante de uma carta escrita pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e postada em suas redes sociais, que indica o aumento da taxação aos produtos brasileiros comercializados entre os dois países. Se não bastasse essa medida exorbitante, que cumpre lembrar não se circunscreve em tratamento dado somente ao Brasil, já que outros países do mundo vêm sofrendo com essas medidas descabidas impostas por aquele governo, a carta do presidente Trump ainda associa a medida às investigações judiciais em curso da Justiça brasileira quanto ao ex-Presidente Jair Bolsonaro.

Trata-se, claramente, de uma tentativa tosca de ingerência política que, sem nenhuma sofisticação mínima de escamotear tamanho descalabro, foi prontamente respondida pelo Governo brasileiro. Em fala repercutida no mundo todo pelo Presidente Lula, a soberania brasileira foi defendida de forma altiva. O Brasil é dos brasileiros e das brasileiras e conta com uma Justiça que goza de plena autonomia em suas funções e prerrogativas constitucionais.

O achincalhamento promovido pela atual gestão do governo de Trump contou com a manifestação do ex-presidente brasileiro, de seus filhos (no Brasil e nos Estados Unidos) – em claro crime de lesa-pátria – e de chantagem feita por Steven Bannon, mentor e estrategista de Trump e do clã familiar de Bolsonaro, acusado e condenado por esquemas de fraudes diversas e de desacato judicial nos Estados Unidos. O Brasil é um país soberano e não se curvará aos ditames dessa extrema-direita chucra!

O dia de hoje foi marcado por um artigo do Presidente Lula, publicado nos principais jornais do mundo, que defende a democracia e o multilateralismo globais, honrando e orgulhando os/as brasileiros/as por contar com um Presidente que defende com tanta altivez os interesses nacionais. A taxação imposta por Trump e usada como moeda de troca por seu governo afeta amplos setores empresariais do país e, sobretudo, nossos produtos e empregos nacionais. Como resposta, Lula indicou o princípio de reciprocidade econômica, respondendo às medidas unilaterais do Império estadunidense. Eles podem muito, mas não podem tudo!

Os/as educadores/as brasileiros/as, orgulhosos da dignidade e grandeza do Governo de Lula, eleito democraticamente pelos nossos votos e mobilização nas últimas eleições, se unem ao brado que ecoa em todo o país: o Brasil é dos/as brasileiros/as e tem soberania! Não nos submeteremos às tentativas de ingerência de nenhuma potência do mundo porque vivemos em país livre!

Brasília, 11 de julho de 2025

Direção Executiva da CNTE

Atendimento jurídico: Dr. Izac realiza primeiro atendimento de julho na quarta-feira (16)


 O SINTE/RN comunica aos/as trabalhadores/as em Educação de São José de Mipibu que o advogado Izac Martini estará realizando o primeiro atendimento de julho no dia 16/07.

→ Para informações e agendamentos, pedimos que entrem em contato com Rozangela através do número  9 9147 8224 

→ O SINTE/RN em São José de Mipibu está localizado na rua 15 de novembro, 67, Centro (próximo ao Instituto Pio XII).

SINTE-RN convoca trabalhadores(as) em Educação para ato público contra a Reforma Administrativa



Nessa segunda-feira, 14 de julho, será realizado um Ato Público em Natal como parte da Mobilização Nacional Contra a Reforma Administrativa. A atividade acontece a partir das 9h, em frente à agência do INSS da Rua Apodi, no centro da capital.

O protesto integra uma agenda nacional unificada de enfrentamento à proposta de Reforma Administrativa, que ameaça direitos dos servidores e compromete a qualidade dos serviços prestados à população. Em todo o país, entidades sindicais e movimentos sociais se mobilizam para barrar o avanço da proposta.

O SINTE-RN convida todos os trabalhadores e trabalhadoras em Educação a participarem do ato. A presença da categoria é fundamental para fortalecer a luta em defesa dos direitos, do serviço público e da valorização do funcionalismo.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

SINTE/RN divulga datas das reuniões com a prefeitura de São José e reforça a luta em defesa dos direitos dos profissionais da Educação


O Núcleo do SINTE/RN comunica que após intensa cobrança, foram garantidas duas reuniões com o executivo municipal no início de agosto para discutir as pautas reivindicatórias dos profissionais da rede.

A primeira reunião, marcada para segunda-feira, 4 de agosto, tratará das demandas dos(as) agentes educacionais I e II, com a participação da direção do SINTE/RN e da comissão de agentes tirada na última assembleia. 

Já na quarta-feira, 6 de agosto, será a vez dos(as) professores(as) levarem suas reivindicações à mesa de negociação, também representados por sua comissão oficial.

A conquista dessas datas é resultado da mobilização empreendida por esta direção sindical, que vinha pressionando o Município pela confirmação das datas dessas reuniões desde as últimas assembleias realizadas em maio.  

O sindicato reforça a importância da união dos trabalhadores no processo, lembrando que a pressão junto aos representantes do Município foi decisiva para agendar as reuniões.  "Vamos cobrar compromisso e soluções efetivas do poder público para as demandas da categoria", afirmou Laelio Costa, coordenador do núcleo sindical de São José de Mipibu..

O SINTE/RN segue atento, na expectativa que as negociações resultem em avanços concretos. A presença das comissões eleitas nas assembleias dos dias 23/05 (agentes I e II) e 30/05 (professores/as) demonstra a força e o interesse da base em busca de uma educação pública mais justa e digna.

Promessa quebrada: pagamento de educadores/as é empurrado para agosto pelo Governo do Estado

O governo do Rio Grande do Norte voltou a descumprir, pela segunda vez, a promessa de pagamento aos/as professores/as temporários da rede estadual. Após anunciar que os valores seriam depositados em 10 de julho, a gestão estadual comunicou, em cima da hora, o adiamento para 9 de agosto, decisão que gerou indignação entre os/as trabalhadores/as da educação e dirigentes do SINTE.

A mudança inesperada frustrou a programação financeira de centenas de educadores/as, que já contavam com os valores em conta nesta quarta-feira.

“Não somos apenas nós que precisamos cumprir prazos de planilhas e relatórios! O governo tem obrigação de fazer sua parte também. Mexer no calendário desprograma as pessoas e acaba com a previsão financeira que fazemos”, criticou o coordenador geral do SINTE/RN, professor Bruno Vital.

O governo chegou a divulgar que 90% dos/as trabalhadores/as temporários/as já teriam recebido os pagamentos. No entanto, muitos/as educadores/as rebatem a informação. “Recebemos várias reclamações de não recebimento e poucas confirmações de pagamento. Exigimos do governo mais compromisso com a categoria e o cumprimento dos prazos acordados”, reforçou Vital.

A diretora do SINTE/RN, professora Jucyana Myrna, também reagiu com firmeza. “Bom dia, trabalhadores e trabalhadoras em educação do RN! O governo mente e não apresenta data de adiantamento dos 40% do 13º salário, conforme foi dito pelo secretário de Administração, Pedro Lopes. Exigimos respeito e compromisso com a categoria!”, afirmou.

A frustração da categoria não se limita aos pagamentos dos/as temporários/as. Para o SINTE/RN, a justificativa usada pelo governo para não antecipar os 40% do 13º salário aos/as educadores/as da ativa foi justamente o comprometimento com os passivos dos/as temporários/as. “No final, nem uma coisa nem outra. O 13º esperado para junho só vem em agosto”, lamentou Bruno Vital.

O também diretor do SINTE, professor Ekeoma Santos, acrescentou: “Vamos aos fatos: o governo firma acordo com o SINTE/RN durante a greve, estabelece o pagamento para 10/07 e, pouco mais de 24 horas depois, anuncia o adiamento para 09/08. Palavra dita não se faz curva, ditado popular que o secretariado do governo Fátima parece desconhecer”.

Diante do novo impasse, o SINTE/RN cobra uma posição clara e responsável do Executivo estadual. “É inaceitável que acordos firmados com representantes da categoria sejam desrespeitados de forma recorrente. Essa instabilidade prejudica os profissionais e enfraquece a confiança no diálogo com o governo”, finalizou Vital.

A categoria aguarda um posicionamento oficial da governadora Fátima Bezerra com prazos concretos e medidas de correção. Enquanto isso, o clima é de indignação e mobilização entre os trabalhadores e trabalhadoras da educação.

Em nota conjunta, SEEC e SEAD prometem pagar 40 % do 13o e 1/6 de férias em agosto